Influência da madeira x borracha no conjunto

Boa noite pessoal

Gostaria de saber o quanto de influência tem a madeira no conjunto e o quanto a borracha influencia tbm.

Pergunto pois quando troquei de borracha (Mark V) para uma Tibhar FX-P / Andro Rasant Beat a diferença foi notável, mesmo um iniciante como eu pude perceber o aumento na velocidade da bolinha.

Porém quando troquei de madeira e mantive as mesmas borrachas (no caso acho que ainda eram as Mark Vs), não percebi mta diferença (pra não dizer nenhuma). Troquei uma Donic Burn All+ (uma madeira não tão rápida) por uma DHS PG7 (uma madeira ofensiva). Percebi uma diferença na sensação da batida, sendo a PG7 mais firme (talvez por ser uma sete folhas), mas não percebi mta diferença prática na velocidade e efeito na bola…

Enfim, na minha visão de leigo a borracha parece ter mais impacto nas características do conjunto do que a madeira, mas vi gnt falando contrário, que a madeira é mais importante que a borracha.

Gostaria de saber a opinião de vcs, sobre o quanto uma coisa influencia a mais ou a menos que a outra.

Eu mesmo vou começar com minha teoria de leigo:

Acredito que para trocas de bola perto da mesa a borracha tem uma influencia MUITO maior que a madeira na batida.
Mas a medida que vai se afastando da mesa e os golpes ficam mais fortes, imagino que a madeira passa a ter uma inflencia maior pois a bolinha afunda mais na borracha e entra mais em contato com a madeira. Então na vdd as diferenças que a madeira faz são mais facilmente percebidas em batidas mais fortes.

Reforçando que essa é só um achismo de leigomeu. Gostaria de saber da opinião tbm do pessoal mais experiente

É tudo um conjunto que pode trabalhar a favor ou contra seu estilo de jogo. Madeira e borracha precisam ser adequadas ao que vc quer. Não adianta colar pino longo numa kreanga pra jogar defensivo, nem pegar uma madeira defensiva pra ficar só batendo chapado. Cada material tem suas características e cabe a você combinar aquilo que te favorece, tanto madeira quanto borrachas.

Sim, concordo que tem que adequar o material ao estilo do jogador.

Mas o que eu queria discurtir seria o fato de por exemplo: se por exemplo eu quiser aumentar a valocidade do conjunto, vou sentir mais diferença trocando por uma borracha mais rápida ou trocando por uma madeira mais rápida? Qual das duas coisas impactará mais nas características do conjunto?

As duas, por isso falei sobre a questão do conjunto, de pensar macro. Por exemplo, vamos imaginar o seguinte cenário:
Você joga atualmente com uma cinco folhas como a Petr Korbel e duas Baracudas. Esse é um conjunto que proporciona arco alto, muito efeito, muito controle e velocidade mediana (claro que velocidade e controle podem ser obtidos com treinamento, mas vamos focar no material nesse momento). Aí vc decide que quer mais velocidade. A pergunta é ser: só velocidade ou quer mudar alguma outra característica do conjunto?
Se a questão for só velocidade e você não consegue esse plus só com treinamento, você pode optar por três caminhos:

  1. trocar as baracudas por bluefire M2.
  2. trocar a Korbel por uma persson powerplay (se quiser ainda mais velocidade, uma sete folhas como a Clipper, Extreme S, PG7, Samsonov Force Pro, etc…)
  3. as duas alternativas anteriores.
    Perceba que em qualquer das opções, apesar de não ser 100% igual (nunca é) você mantém as características do conjunto anterior e acrescenta velocidade.
    Mas aí o cara vê uma raquete ou borracha que ele acha linda, que o jogador A, B ou C usa, que o amigo diz que é boa (pra ele, o amigo… hehehehe), que foi lançada agora, etc… E vai lá e compra. Sem saber das características, só que a nova raquete é mais rápida. Você pode mudar completamente a característica do teu material mudando só a raquete ou as borrachas.
    Aí o cara que tinha controle, muita geração de efeito, arco alto e controle, vai pra um material com arco menor, super veloz, com menos facilidade pra gerar efeito e controle prejudicado. E o pior, não sabe o que fazer com aquilo ou como compensar essas novas características. Resultado: ou coloca a culpa no material e no amigo que indicou ou insiste no erro e prejudica sua evolução no jogo.
    Uma galera me pergunta todo dia o que tem de errado no equipamento novo deles, pq antes eles conseguiam dar drive, flick, top spin, saque curto, bloqueio e agora estão errando muito. Pergunto algumas coisas e geralmente a resposta é: “usava um material X que era maravilhoso, índice de acerto altíssimo e mudei pro conjunto Y pq vi na loja ou com um amigo e achei top. Agora não acerto mais nada, drive vai tudo pra fora, ficou uma merda”. Aí eu pergunto: “e pq vc não pega a borracha A ou a raquete B?”. “Mas não vai ficar muito lento?”. respondo que isso não importa, pq o que importa é que ele vai acertar mais que errar novamente e vai ter um material adequado para seu nível atual e não pra daqui a 20 anos. poucos fazem o caminho de volta e continuam se lascando.
    Por isso eu digo (com a experiência de quem já fez muita merda… hahahahaha), toda vez que for mexer no conjunto tem que pensar no todo e nas características do material. Aí o conjunto joga a teu favor e não contra.
    Abraço.

Eu concordo com o didiosan, vale o conjunto.
Pode-se analisar a questão como motor e cãmbio, ambos são itens fundamentais para o funcionamento de um veículo, mas um não serve de nada sem o outro.
E como determinar a importância maior de um ou de outro? Simplesmente não dá. Ou agem em conjunto ou nada funciona.

Eu penso o mesmo. Conjunto. Uma parada que eu percebi é que tem muito jogador e até alguns técnicos que ficam direcionando a galera pra alguns tipos de material, como se o cara tivesse que “ir melhorando” pra então usar a Primorac Carbon ou a Timo Boll ALC. Tipo como se fosse um santo gral, um nirvana do Tênis de Mesa. E muitas vezes essa nem é a vibe do jogador, não tem nada a ver! Geral fica bolado pq o colega já usa Viscaria com H3 e T05 “igual” os chineses e ele tá na madeira pura com borracha mais lenta ou “sem grife”.
E é isso que o didiosan falou, nego sai de uma Stratus Power Wood pra uma Hurricane Long 5 com duas T05 só pra ostentar e se F$&%, mas não desce do salto nem a pau. Hahahahahahaha. E fica de caô que ainda não se acostumou com o material… hahahahaha!!! Comédia!

[quote=“Nakata” post=108516]Eu concordo com o didiosan, vale o conjunto.
Pode-se analisar a questão como motor e cãmbio, ambos são itens fundamentais para o funcionamento de um veículo, mas um não serve de nada sem o outro.
E como determinar a importância maior de um ou de outro? Simplesmente não dá. Ou agem em conjunto ou nada funciona.[/quote]

Ótima analogia!

[quote=“Gesouza” post=108517]Eu penso o mesmo. Conjunto. Uma parada que eu percebi é que tem muito jogador e até alguns técnicos que ficam direcionando a galera pra alguns tipos de material, como se o cara tivesse que “ir melhorando” pra então usar a Primorac Carbon ou a Timo Boll ALC. Tipo como se fosse um santo gral, um nirvana do Tênis de Mesa. E muitas vezes essa nem é a vibe do jogador, não tem nada a ver! Geral fica bolado pq o colega já usa Viscaria com H3 e T05 “igual” os chineses e ele tá na madeira pura com borracha mais lenta ou “sem grife”.
E é isso que o didiosan falou, nego sai de uma Stratus Power Wood pra uma Hurricane Long 5 com duas T05 só pra ostentar e se F$&%, mas não desce do salto nem a pau. Hahahahahahaha. E fica de caô que ainda não se acostumou com o material… hahahahaha!!! Comédia![/quote]

HAHAHAHAHAHAHAHAHHAA!!! Só li verdades!!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!!

[quote=“shinshiro” post=108511]Eu mesmo vou começar com minha teoria de leigo:

Acredito que para trocas de bola perto da mesa a borracha tem uma influencia MUITO maior que a madeira na batida.
Mas a medida que vai se afastando da mesa e os golpes ficam mais fortes, imagino que a madeira passa a ter uma inflencia maior pois a bolinha afunda mais na borracha e entra mais em contato com a madeira. Então na vdd as diferenças que a madeira faz são mais facilmente percebidas em batidas mais fortes.

Reforçando que essa é só um achismo de leigomeu. Gostaria de saber da opinião tbm do pessoal mais experiente[/quote]
O que vc diz não está errado shinshiro. Quanto mais vc bate na bola, mais usa a madeira, quanto mais raspa a bola, mais usa a borracha. Mas é por isso mesmo que os colegas, com razão, dizem que “depende”. Vc nem sempre bate e nem sempre raspa, e por isso eles te recomendam olhar a coisa mais de cima.

Então, esta percepção é direcionada em primeiro lugar pela sensibilidade. Isso envolve algo de dom, mas sobretudo prática. Quanto mais bolas vc golpeou na vida, mais capacidade vai ter de perceber a diferença entre elas, é bem simples. Além disso, como muito bem disse o didiosan, o treinamento te leva a minimizar as diferenças entre seus golpes, e logo as diferenças dos materiais ficam mais perceptíveis tb.

Resumidamente, não existe uma posição absoluta a este respeito. Vc vai sentir a bola de uma forma se bater de um jeito e de outra se bater de outro. Por isso o nosso esporte é tão incrível.

Abraços!!!

A primeira vista, principalmente quando somos iniciantes, a borracha é de fato a parte que mais se destaca e provoca as mudanças mais sensíveis no jogo. Mas na medidade que vamos avançando, cada vez mais vai crescendo a importância do conjunto como um todo. Em linhas gerais da pra se dizer que o efeito é mais influenciado pelas borrachas, ainda que a raquete possa, a partir de suas características, também interferir nesse quesito. Em relação a velocidade e controle, aí atentar ao conjunto é essencial. Muitas vezes uma borracha de bom controle e efeito, mas que seja muito mole, se colocada numa raquete muito rígida, pode perder suas características, só para citar um exemplo.
Atualmente eu busco conjuntos com muitas marchas (gears), ou seja,que tenham um grande espectro de performace em estilos diferentes, no meu caso quero que se comportem bem no jogo all, mas quando exigido tenham características de off. E pra isso fui atrás de raquetes com camadas externas menos rigidas e fibras de carbono mais próximas do centro. Então nesse caso a raquete influenciou muito.
Há ainda outras características a serem consideradas para além de simplesmente velocidade e controle, como o sweetspot, o tempo de contato, a rigidez, a expessura.
Muitae vezes um jogador nao consegue imprimir seu melhor jogo pq não se adapta ao cabo da raquete, p ex.
Então não da pra ser um jogador de supertrunfo e escolher a borracha mais rápida com a raquete mais rapida, achando que isso vá melhorar o jogo.

Justamente o contrário, quanto mais inexperiente, mais a alteração de material (qualquer que seja) será sentida. E não apenas isso. A influência da raquete na produção de velocidade, controle e inclusive spin não pode ser subvalorizada. Pega uma Donic Dicon com duas borrachas quaisquer e depois cole essas mesmas borrachas numa Schlager Carbon e veja se raquete não tem uma grande influência inclusive na facilidade ou dificuldade de gerar spin. Quanto mais macia a madeira, mais fácil pra gerar spin porque o tempo de contato com a bolinha é maior. São frações de segundo, mas faz muita diferença. Não por acaso, a grande maioria dos Chineses e até dos europeus joga com raquete carbonada, com carbono mais macio (ALC e afins) e folha externa de koto.
Nos outros quesitos (velocidade e controle) a importância da madeira é mais óbvia.

[quote=“Alcir” post=108520][quote=“shinshiro” post=108511]Eu mesmo vou começar com minha teoria de leigo:

Acredito que para trocas de bola perto da mesa a borracha tem uma influencia MUITO maior que a madeira na batida.
Mas a medida que vai se afastando da mesa e os golpes ficam mais fortes, imagino que a madeira passa a ter uma inflencia maior pois a bolinha afunda mais na borracha e entra mais em contato com a madeira. Então na vdd as diferenças que a madeira faz são mais facilmente percebidas em batidas mais fortes.

Reforçando que essa é só um achismo de leigomeu. Gostaria de saber da opinião tbm do pessoal mais experiente[/quote]
O que vc diz não está errado shinshiro. Quanto mais vc bate na bola, mais usa a madeira, quanto mais raspa a bola, mais usa a borracha. Mas é por isso mesmo que os colegas, com razão, dizem que “depende”. Vc nem sempre bate e nem sempre raspa, e por isso eles te recomendam olhar a coisa mais de cima.

Então, esta percepção é direcionada em primeiro lugar pela sensibilidade. Isso envolve algo de dom, mas sobretudo prática. Quanto mais bolas vc golpeou na vida, mais capacidade vai ter de perceber a diferença entre elas, é bem simples. Além disso, como muito bem disse o didiosan, o treinamento te leva a minimizar as diferenças entre seus golpes, e logo as diferenças dos materiais ficam mais perceptíveis tb.

Resumidamente, não existe uma posição absoluta a este respeito. Vc vai sentir a bola de uma forma se bater de um jeito e de outra se bater de outro. Por isso o nosso esporte é tão incrível.

Abraços!!![/quote]

Verdade. E os fabricantes devem ficar felizes da vida, porque muita gente fica a vida toda testando materiais em busca do equilíbrio perfeito. E quando acham que acharam, sai uma leva nova de borrachas raquetes e etc… Hahahahahahahaha. Eu que sou pangaré já me conformei que, no meu caso, essa busca não só é desnecessária como inútil. kkkkkkkkkkkkk.

Didiosan, acho que me expressei um pouco mal, o que quis dizer é que até se ter a sensibilidade, que só é adquirida com o tempo, é mais difícil atribuir quais caraterísticas da raquete são melhores ou piores em relação ao nosso jogo, e já com as borrachas esse processo é mais (ao menos aparentemente) intuitivo e direto.

Certamente a raquete tem total influência na geração de spin, mas mais uma vez, quis dizer que para o iniciante, é difícil saber quais as melhores características em relação ao sweetspot, dwell time, rigidez, número de camadas, composição etc, que proporcionarão acrescemo no montante de giro impresso à bola, então é mais fácil (mas nem sempre a melhor opção) procurar uma borracha com características mais adequadas.
Ou seja, ainda que o iniciante sinta as mudanças, não tem a experiência para entender muito bem o que está acontecendo, então geralmente é melhor apostar, conforme seu exemplo, inicialmente na DICON, do que na Schlager.

Os fabricantes estão jogando o jogo que eles têm que jogar, e eles precisam continuar lá para o esporte continuar sendo viável para todos: negócios, profissionais e amadores. E sim, vc tem razão a respeito dessa “busca”. Muita gente se diverte no meio dela, mas se iludem se pensam que vai fazê-los chegar a algum lugar.

O problema é que não se dá o tempo e esforço necessário para desenvolver a tal sensibilidade. Pode-se falar de inúmeros aspectos a respeito de um material: velocidade, dureza, efeito, arco, sweetspot, dwell time, etc. Mas no final das contas, os conhecemos apenas com nossos olhos, e não com nossas mãos. Precisamos ser mais jogadores e menos engenheiros (e é um engenheiro que está escrevendo isso hahahahahaha). E para isso é necessário mais suor do que qualquer outra coisa. Com isso quero dizer que em geral se dedica mais tempo a descobrir o substituto de um material (que muitas vezes sequer precisam de substituto) do que a buscar usar seu potencial. Sim, é diferente aplicar spin com uma Dicon do que com uma Werner Schlager, e é importante ter isso em vista de cara, mas só com muita bola vc vai sentir isso, e quem sabe perceber que é possível fazê-lo bem tb, desde que adquira a sensibilidade para isso (e não precisa ser o próprio Werner Schlager para isso).

Abraços!!!

[quote=“Alcir” post=108520][quote=“shinshiro” post=108511]Eu mesmo vou começar com minha teoria de leigo:

Acredito que para trocas de bola perto da mesa a borracha tem uma influencia MUITO maior que a madeira na batida.
Mas a medida que vai se afastando da mesa e os golpes ficam mais fortes, imagino que a madeira passa a ter uma inflencia maior pois a bolinha afunda mais na borracha e entra mais em contato com a madeira. Então na vdd as diferenças que a madeira faz são mais facilmente percebidas em batidas mais fortes.

Reforçando que essa é só um achismo de leigomeu. Gostaria de saber da opinião tbm do pessoal mais experiente[/quote]
O que vc diz não está errado shinshiro. Quanto mais vc bate na bola, mais usa a madeira, quanto mais raspa a bola, mais usa a borracha. Mas é por isso mesmo que os colegas, com razão, dizem que “depende”. Vc nem sempre bate e nem sempre raspa, e por isso eles te recomendam olhar a coisa mais de cima.

Então, esta percepção é direcionada em primeiro lugar pela sensibilidade. Isso envolve algo de dom, mas sobretudo prática. Quanto mais bolas vc golpeou na vida, mais capacidade vai ter de perceber a diferença entre elas, é bem simples. Além disso, como muito bem disse o didiosan, o treinamento te leva a minimizar as diferenças entre seus golpes, e logo as diferenças dos materiais ficam mais perceptíveis tb.

Resumidamente, não existe uma posição absoluta a este respeito. Vc vai sentir a bola de uma forma se bater de um jeito e de outra se bater de outro. Por isso o nosso esporte é tão incrível.

Abraços!!![/quote]

Alcir obrigado pela resposta. Seu jeito mais simples e direto de explicar deu uma esclarecida melhor, confesso que até o seu post eu estava meio inquieto com os “depende” da vida, tava tudo meio nebuloso haha.

Acho que ainda não tenho experiencia o suficiente para compreender em plenitude a profundidade dos posts dos demais colegas, mas mesmo assim é legal ouvir a todos. Obrigado a todos pelas respostas!

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[quote=“Tiago Brizola” post=108521]A primeira vista, principalmente quando somos iniciantes, a borracha é de fato a parte que mais se destaca e provoca as mudanças mais sensíveis no jogo. Mas na medidade que vamos avançando, cada vez mais vai crescendo a importância do conjunto como um todo. Em linhas gerais da pra se dizer que o efeito é mais influenciado pelas borrachas, ainda que a raquete possa, a partir de suas características, também interferir nesse quesito. Em relação a velocidade e controle, aí atentar ao conjunto é essencial. Muitas vezes uma borracha de bom controle e efeito, mas que seja muito mole, se colocada numa raquete muito rígida, pode perder suas características, só para citar um exemplo.
Atualmente eu busco conjuntos com muitas marchas (gears), ou seja,que tenham um grande espectro de performace em estilos diferentes, no meu caso quero que se comportem bem no jogo all, mas quando exigido tenham características de off. E pra isso fui atrás de raquetes com camadas externas menos rigidas e fibras de carbono mais próximas do centro. Então nesse caso a raquete influenciou muito.
Há ainda outras características a serem consideradas para além de simplesmente velocidade e controle, como o sweetspot, o tempo de contato, a rigidez, a expessura.
Muitae vezes um jogador nao consegue imprimir seu melhor jogo pq não se adapta ao cabo da raquete, p ex.
Então não da pra ser um jogador de supertrunfo e escolher a borracha mais rápida com a raquete mais rapida, achando que isso vá melhorar o jogo.
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[quote=“didiosan” post=108522]Justamente o contrário, quanto mais inexperiente, mais a alteração de material (qualquer que seja) será sentida. E não apenas isso. A influência da raquete na produção de velocidade, controle e inclusive spin não pode ser subvalorizada. Pega uma Donic Dicon com duas borrachas quaisquer e depois cole essas mesmas borrachas numa Schlager Carbon e veja se raquete não tem uma grande influência inclusive na facilidade ou dificuldade de gerar spin. Quanto mais macia a madeira, mais fácil pra gerar spin porque o tempo de contato com a bolinha é maior. São frações de segundo, mas faz muita diferença. Não por acaso, a grande maioria dos Chineses e até dos europeus joga com raquete carbonada, com carbono mais macio (ALC e afins) e folha externa de koto.
Nos outros quesitos (velocidade e controle) a importância da madeira é mais óbvia.[/quote][/quote]

Na pouca experiencia que tive eu senti bastante diferença na mudança de borrachas, mas quase nenhuma na mudança da madeira.
Talvez para meu tipo de jogo atual a madeira seja menos decisiva, mesmo porque ainda não tenho técnica/ consistência nos golpes/ sensibilidade o suficiente para perceber mudanças mais sutis.

[quote=“shinshiro” post=108526]Alcir obrigado pela resposta. Seu jeito mais simples e direto de explicar deu uma esclarecida melhor, confesso que até o seu post eu estava meio inquieto com os “depende” da vida, tava tudo meio nebuloso haha.

Acho que ainda não tenho experiencia o suficiente para compreender em plenitude a profundidade dos posts dos demais colegas, mas mesmo assim é legal ouvir a todos. Obrigado a todos pelas respostas![/quote]
Que bom que pude esclarecer sua dúvida. Apenas acredito que o centro de tudo é o jogo, e por aí me balizo, e daí tanta insistência em falar sobre TREINO, PRÁTICA. E todos os colegas têm razão no que dizem, apenas têm perspectivas diferentes.

No fim das contas, o que importa é o conforto que vc sente com o que vc joga, não importa o que seja. Assim, vc vai colocar o material onde ele precisa se situar: trabalhando em função de vc e não o contrário.

Abraços!!!

Então Shinshiro, acabei tentando abordar muitos assuntos anteriormente o que deixou a resposta confusa.
Mas em resumo, é a partir da borracha que o mesatenista iniciante vai começar a ter contato com as noções de efeito e maior velocidade.
Até por isso é bem comum que os técnicos sugiram que se mantenha a madeira e troque-se somente a borracha no primeiro “upgrade”.

Com o tempo e principalmente com o treino, o jogador vai começando sentir melhor o equipamento e também de fazer essa sintonia fina, e então as alterações de material são naturais. Mas o que se deve procurar é adequar o material ao seu estilo de jogo e não achar que o equipamento em si trará qualidades que não se tem.

Sair de uma DEF para uma OFF++ é complicado…

Porém pelo período de 6 meses de treino já to na 4º troca de raquete indo para a 5º raquete… (1º butterfly de loja de depto antigona que eu tinha a mil anos, 2º Uma madeira daquelas chinesas baratinha Huarite carbonada, 3º uma madeira da Galaxy Y4, 3º Xiom Offensive S, 4º Xiom Zetro Quad que vai demorar um pouco pra chegar pq importei)…

Sobre borrachas ja utilizei no treino:
Baracuda (FH E BH)
Rakza 7 Max (FH)
Rakza X Max (FH)

Rakza X Soft (BH)
BlueFire BigSlam (BH)

na empresa uso a Huarite:
DHS Neo Hurricane III (FH)
Sanwei T88-III (BH)

Obs: algum podem falar que eu sou ingênuo e deveria ficar com um material até jogar pra caramba, porém a evolução devido a utilização de um material de qualidade foi MUITO ALTA… peguei a Zetro Quad pois tenho um grande problema com top spin…

Não tem problema trocar o “alguém pode falar” por “Alcir pode falar”, juro que não vou me sentir ofendido e nem colocar seu nome na boca do sapo hahahahahahahahah.

É inegável que ter um material de qualidade é importante, e não duvido que vc tenha evoluído COM ele. O engano é acreditar que é POR CAUSA dele. Se vc não tivesse capacidade, igualmente não faria nada com o material que seja. Trocar de material está longe de ser um pecado, e no final do dia, cada um decide o que é bom para si, mas isso em si não resolve problema técnico. Por exemplo, os únicos aspectos de material que TALVEZ poderiam causar o seu “grande problema com top spin” seriam borrachas extremamente desgastadas (a ponto de perderem totalmente a vida útil) e / ou uma madeira extremamente rápida e dura. Não acredito que suas borrachas estejam em tal estado e a sua madeira atual é o exato oposto do que poderia te atrapalhar, inclusive é perfeita para te ajudar a melhorar este tipo de golpe de maior sensibilidade.

Não existe problema nenhum em trocar de material, e para muita gente isso é a diversão e praticamente finalidade da coisa toda, e não sou eu quem vou tirar isso de alguém. Porém, se como hobby isso é OK, na busca de melhorar suas capacidades técnicas, procurar solução fora das suas próprias mãos é ilusão. E se sou tão insistente neste aspecto, é pq vejo frequentemente pessoas andando em círculos e até abandonando o esporte por desanimar com a falta de progresso, e isso é triste de ver. Eu espero de verdade que vc encontre o que está buscando, mas espero mais ainda que não perca o rumo procurando por algo que está apenas nas suas mãos.

Abraços!!!