Quase tudo que foi dito aqui é legítimo e correto.
Não houve grandes surpresas, e cada um da delegação brasileira mais ou menos desempenhou em acordo com seu nível. Exceto o cara, que teve um péssimo momento. Mas isso acontece com qualquer um. Normal. Desempenho eh uma onda com altos e baixos ao longo do tempo.
O debate mais importante é o que fazer para levantar o nível brasileiro de TM, visto estar claro que ainda temos muito a evoluir, apesar do muito que jah foi feito.
Soh massificacao nao adianta. Se fechar, tambem nao. Competir uma vez por mes ou menos ainda, nao leva a lugar nenhum. Competicao, em qualquer nível, exige ritmo. Ou todo jah nao conhece aquela ladainha do cara que joga bem no treino, mas eh um desatre na competicao? Enquanto o time masculino brasileiro estava treinando na Belgica, o time chines jah tinha ultrapassado esta fase e estava participando de (duras) competicoes preparatórias.
O que falta no Brasil eh uma liga profissional forte, quero dizer mais forte do que a média atual brasileira (seria irreal pensar na elite mundial agora). Nesta liga deve-se permitir e incentivar a participação de jogadores estrangeiros. E não soh chineses, mas tambem jogadores do leste europeu e os melhores sul-americanos e africanos. Uma certa reserva para jogadores brasileiros nesta liga deveria ser assegurada, digamos 50%. Tecnicos e preparadores, livre, sem reserva. Esta liga teria que ter um calendario bem intenso e geograficamente disperso, mas em harmonia com o calendario do pro-tour.
Financiamento pra tudo isso? Boa pergunta… Mas deve ter um jeito de empreender isso. Um modelo que considero interessante, e que eh usado aqui na Alemanha, eh o patrocinio direto de empresas, isto eh, cada time eh praticamente sustentado por uma empresa (e leva inclusive o seu nome), que utiliza o espaco do time e da competicao para divulgar sua marca e seus produtos.
mas sao necessarias regras claras, favoráveis e estáveis da parte que tem o poder de regular. Alem do mais, o orgao regulador tem que estar disposto a abrir mao de um pouco do poder, pois eh claro que soh haveria investimento em troca de um pouco do poder decisório sobre a direcao do esporte. Enfim, dividir um fator, para multiplicar outro. Mas acho que eh melhor ter 1% da Microsoft do que 100% da quitanda da esquina.
Uma massa jornalistica especializada tem que ser incentivada. A internet jah mostrou o seu valor. Filmes tem que ser produzidos, e pro-ativamente oferecidos aa divulgacao.
Os estrangeiros que neste processo se naturalizarem brasileiros, devem ter igualdade de condições na competição por uma vaga no time nacional. Afinal o Brasil eh isto, uma soma de etnias e culturas. Devemos continuar abertos a qualquer adesão.