panga sbc, tive o (des)prazer de te ver na transmissão hahahahahahahahahha. E que bom que gostou do que viu. Realmente é fascinante ver os top players jogando de perto. E a velha história do jogo combinado é algo que sempre ronda a seleção chinesa, e acho que qualquer um seria leviano em negá-lo ou confirmá-lo, mas no final das contas, minha opinião é: se incomoda, seja bom o suficiente para evitar que façam a final, simples assim. Enquanto eles chegarem lá sozinhos, podem fazer o que quiserem. E honestamente, acho que tem coisa muito mais importante para se preocupar no tênis de mesa.
Fazer ponto na Coréia do Sul, embora não fosse impossível, era tão difícil quanto o Hugo Calderano ganhar do Jun Mizutani. De cara, é desnecessário falar da qualidade do Joo Saehyuk, mesmo não estando no auge de sua carreira. O Jeoung Youngsik está numa ótima forma, e embora o Cazuo Matsumoto tenha feito um grande jogo com ele (isso não pode ser esquecido), era de fato muito difícil. Já a dupla, era o ponto mais difícil de arrancar deles, uma vez que a Coréia do Sul hoje é praticamente um time especialista na modalidade. E tão importante quanto isso é lembrar das meninas, que executaram honradamente seu ingrato papel de enfrentar as melhores do mundo. Encerramos nossa participação de cabeça erguida, e há muito por melhorar, porém muito mais do lado de fora dos aparadores.
Realmente, acredito ser difícil termos nesta olimpíada um jogo melhor que França X Inglaterra. Cinco jogos muito bons, com todos terminando em 3X2. Uma maratona de quase 4 horas que tive a felicidade de acompanhar quase na íntegra aqui a distância. O Samuel “tal de Walker” mostrou que o grande desempenho dele no Mundial da Malásia não era uma bolha e, embora o Simon Gauzy fosse de fato considerado favorito, levou com todos os méritos a Inglaterra adiante. A distância que supostamente se credita ao Simon em relação ao Samuel na verdade não existe ou é bem menor que se imagina, uma vez que os dois treinam juntos na Alemanha. Isso significa que eles se enfrentam constantemente, o que faz do confronto muito mais igual pelo conhecimento mútuo. Aliás, num esporte onde a preparação é tão importante, aquele momento trouxe muitas curiosidades relevantes. Naquela mesma rodada, dos 12 atletas em disputa nas duas mesas em jogo, 6 treinam juntos em Ochsenhausen: nossa seleção toda, Liam Pitchford, Samuel Walker e Simon Gauzy. Ainda, os dois primeiros jogos entre os ingleses e os franceses foram entre jogadores dos mesmos clubes: Simon Gauzy e Liam Pitchford (Ochsenhausen) e Emanuel Lebesson e Paul Drinkhall (Boulogne Bilancourt, da França). Pode parecer apenas estatística inútil, mas isso significa que a estrutura do esporte está diminuindo as distâncias cada vez mais, e isso ainda promete muito mais, sobretudo quando se pensa no evolução da competitividade nas últimas edições das olimpíadas e mundiais. E eu quero é mais!!!
Abraços!!!