Identificado o efeito do saque do adversárario

Boa tarde pessoal, alguém poderia me ajudar sobre as técnicas e macetes utilizados para identificação do efeito usado pelo adversário no saque, e quais as técnicas utilizadas na devolução. Valeu, grande abraço a todos !

Olá Farax,

a recepção é a parte mais difícil do TM na minha opinião, pois sempre foi uma área que tive dificuldades. O que me ajudou bastante foi aprender um pouco de “teoria”, no sentindo de entender melhor qual a consequência do spin.

Se souber um pouco de inglês, o site http://www.allabouttabletennis.com/advanced-table-tennis-serve.html#advreturn tem umas dicas legais sobre isso e sobre diversas outras questões.

O básico do básico é sempre olhar onde termina o movimento do adversário, pois é pra esse lado que a bola estará girando. (Isso sem pensar em fintas e técnicas para enganar o recebedor). Então se você percebe que que o adversário destro sacou de backhand, o movimento de sua mão terminou para o lado direito do corpo e seu cotovelo está relativamente alto, esse saque mais provavelmente estará lateral para a direita ou lateral e por cima para a direita. Nesse caso, a forma mais fácil de devolver é somente angular sua raquete mirando para a esquerda do adversário. Essa pode não ser a forma mais efetiva de receber, mas fazendo isso com consciência, logo se começa a desenvolver maior sensibilidade para passar a atacar ou encurtar a bola. Isso foi só um exemplo, há muitas variações de saque e também jogadores que conseguem dissimular o movimento, mas isso é uma outra fase.
Quando não se consegue ver pra que lado a bola esta girando, mirar o golpe de recepção no meio da mesa também pode te ajudar a devolver a bola com alguma segurança.
Outra dica, pra quando você começar a visualizar melhor o efeito da bola, é sempre começar os treinos e jogos com a mentalidade de somente usar katos em bolar curtas e com efeito para baixo, pois qualquer bola longa pode ser mais efetivamente recebida com topspin.

Como disse no começo, não sou um exímio recebedor, mas consegui melhorar esses quesito nos últimos tempos e isso fez meu jogo subir muito, pois uma boa recepção te possibilita ditar o ritmo dos pontos ou pelo menos dificultar a vida do adversário.

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O que eu faço é agachar o suficiente para olhar o impacto da raquete na bola. Claro que usando pino a recepção fica mais fácil, mas identificar como o oponente bateu na bola é fundamental.
E se eu não conseguir olhar o impacto é porque ele está escondendo o saque. Aí na minha vez de sacar eu apelo sem pensar 2x.

Valeu gente, obrigado pelas dicas, vou dar uma olhada no site que o Tiago sugeriu, grande Abraço !

Esse é o tipo de coisa que faz toda diferença no jogo e fico feliz em ver o pessoal procurando discutir aqui. As duas primeiras bolas tem um grande potencial de dar vantagem ao jogador (permitir que imponha sua tática / estratégia ao adversário), e muitas vezes podem te dar até a oportunidade de ganhar de jogadores mais fortes. Mas como disse o Tiago, obviamente não é algo que venha tão fácil. Pela necessidade de precisão e liberdade do sacador, concordo com ele que é o fundamento mais difícil do esporte, na minha opinião.

E o Tiago tb fez muito bem em te direcionar para material audiovisual, porque apenas em palavras é bem difícil explicar a coisa de forma efetiva. E recomendo que busque ainda mais, e vc vai encontrar bastante material em vídeo por aí. E se é que eu posso acrescentar algo, é que se gaste bastante tempo com o simples. Pesquisando, vc vai ver que é possível receber um serviço de várias maneiras, e em tempos em que vc pode encontrar 120 ângulos diferentes para ver o Ma Long fazendo um ponto de recepção, é muito fácil se perder na tentação de querer fazer igual, esquecendo que entre nós e ele existem, para começar, milhares de horas treinadas. Então, comece pela forma mais simples, tocando a bola contra o efeito (procure vídeos da técnica “stop” por aí), focando em devolver de forma passiva por enquanto. Quando entender bem como tocar e se posicionar, pratique a precisão (curta, longa, mais rápido, mais lento). Isso já fará uma diferença enorme. Depois ainda tem muito mais o que aprender, mas gaste muito tempo nisso primeiro e esqueça o resto.

Algo que parece ainda mais básico, e muita gente perde por estimar como óbvio é a paciência e disciplina. Como comentamos, melhorar saque e recepção não é algo que se faz em um dia e nem uma semana, e é muito comum haver momentos em que a sensibilidade está melhor ou pior, então não sempre é exatamente divertido fazer isso (embora para mim seja). Em boa parte, infelizmente esse é um dos motivos pelos quais vc não vê muita gente praticando isso por aí, mesmo nos clubes com treinos regulares. Então, procure estabelecer sistemática para isso com algum colega que tenha o mesmo interesse, ou seja, definindo uma sessão do(s) treino(s) especificamente para isso. E tenham muita paciência, pq a única forma de aprender a receber saque é errar MUITO antes.

Abraços!!!

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A primeira coisa que acho fundamental é você aprender a gerar os efeitos mais básico, lateral, backspin, topspin, e entender o que acontece quando seu adversário entra com a raquete chapada na bola. Depois disso você já vai ter noção do que acontece e então você pode entrar ao contrário do efeito que é a maneira mais fácil de devolver a bola. Com o tempo você vai pegando mais confiança e vai melhorando sua recepção de diferentes formas.
No início sempre pensava assim:
Se a pessoa raspas a bola pra lá >>>>>>> (olhando de frente)
Quando eu devolver, a tendência da bola é ir para mesma direção, pra lá >>>>>>>
Então se tentar jogar ao contrário vai conseguir devolver com mais facilidade no meio da mesa.
Não sei se deu para entender, mas a grosso modo é isso, serve também quando ele raspa pra baixo ou pra cima.

Tem muito material disponível no YouTube, mas algumas aulas com um instrutor experiente surtem muito mais efeito. Se for possível, considere fazer algumas aulas ou mesmo uma clínica. Se a clínica ou as aulas estão fora de cogitação, o jeito é recorrrer a vídeo-aulas e pedir para algum colega sacar para colocar o ensinamento em prática.