Ajude um Ladrão, Desarme o Cidadão!

Especial
Referendo da fumaça

7 razões para votar “não” na consulta
que pretende desarmar a população e
fortalecer o contrabando de armas
e o arsenal dos bandidos

Jaime Klintowitz

Nas páginas seguintes, VEJA alinha sete razões pelas quais julga correto votar NÃO no referendo sobre o comércio de armas de fogo convocado para o próximo dia 23. O voto no referendo é obrigatório, como nas eleições. O Estado brasileiro vai fazer a seguinte pergunta aos cidadãos: “O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?”. VEJA acredita que a atitude que melhor serve aos interesses dos seus leitores e do país é incentivar a rejeição da proposta de proibição. O sucesso de uma consulta popular deriva, antes de mais nada, da correção e da honestidade da questão a ser respondida pelos cidadãos. A pergunta que será feita no referendo das armas é um disparate. Ela ilude o eleitor. É uma trapaça, pois, mesmo que o SIM vença por larga margem, “o comércio de armas de fogo e munição” no Brasil vai continuar sendo exercido com todo o ímpeto pelo contrabando em nossas porosas fronteiras e pelos eficientes agentes do mercado negro – alimentado em grande parte pelas próprias autoridades policiais encarregadas de desbaratá-lo.

A Suíça, país que praticamente é governado por referendos – já fez 531 desde 1848 –, tem como premissa básica de uma consulta popular que seu resultado seja impositivo. O que isso significa? Significa que não se pode correr o risco de a escolha produzida por meio de um referendo não ter efeito prático imediato, pois nesse caso se está desmoralizando o próprio povo, e não alguns poucos parlamentares eleitos para fazer leis em seu lugar. O povo não pode ser exposto ao ridículo. Por essa razão, os suíços aprenderam a não submeter a consultas populares questões cuja efetivação dependa da concordância de outros países, grupos de interesse capazes de tornar o voto popular inócuo. Para funcionar, o referendo da proibição do comércio de armas no Brasil precisa da concordância de outros países (que vendem armas ilegalmente aos bandidos brasileiros) e de grupos particulares de interesse (os criminosos e seus asseclas na polícia). Certo como os impostos e a morte, os vendedores ilegais de armas continuarão alimentando o arsenal dos bandidos com equipamentos de destruição cada dia mais poderosos.

Jeff Mitchell/Reuters

ARMAS QUE NÃO MATAM
Loja do Texas: nos Estados Unidos, há quase uma arma por habitante, mas o índice de crimes violentos caiu pela metade nos últimos dez anos

Os suíços veteraníssimos dos referendos aprenderam também a não pedir ao povo para votar em questões complexas, que exijam competência técnica e estudos detalhados para saber o que é certo ou errado. Essa lição ajuda a iluminar outro erro estrutural do referendo das armas a ser proposto no Brasil. A pergunta “O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?” esconde uma enorme complexidade. Pedir às pessoas que respondam sim ou não a essa pergunta, além de ser inócuo, como se viu, reduz um problema social grave ao que parece ser apenas uma disputa entre pessoas de índole pacífica (os antiarmas) e pessoas belicosas (os pró-armas). Obviamente, não é nada disso. Nem as pessoas que possam se entusiasmar com o voto SIM na proposta de consulta popular são todas elas exemplos de civilidade e ordem nem os optantes pelo NÃO são brasileiros ávidos por correr às lojas em busca da última Magnum .357 ou de outra arma de fogo. O que torna o referendo das armas um erro em sua essência é justamente fazer pouco da boa-fé dos brasileiros que sofrem com o banditismo. O referendo é um despiste, uma tentativa de mudar de assunto, de desviar a atenção das pessoas do mal que realmente as atormenta: o banditismo. Pior ainda. Como uma possível vitória do SIM não terá efeito positivo algum – ao contrário, vai ajudar a aumentar ainda mais o poder de fogo dos bandidos –, as pessoas vão se sentir culpadas pelos crimes que continuarão acontecendo. No campo pessoal, essa angústia foi exemplarmente aliviada pela escritora americana Susan Sontag, morta no ano passado. Sontag denunciou a noção cruel então dominante de que o câncer seria uma doença auto-inflingida a que pessoas emocionalmente amargas e ensimesmadas estariam mais propensas.

A maneira como a pergunta do referendo foi formulada é, em si, desonesta. “Se me pedissem para formular a questão do referendo de modo que o resultado fosse favorável ao desarmamento, eu teria feito exatamente a frase que será apresentada aos eleitores”, diz José Paulo Hernandes, diretor de pesquisa da Gallup Organization. Como profissional de uma empresa de pesquisas de mercado, Hernandes tem de se preocupar em fazer perguntas que não provoquem respostas distorcidas do público pesquisado. Uma das regras é que a questão não pode ter palavras com conteúdo emocional forte. Ao juntar “armas” e “proibição”, os autores do referendo cometem esse deslize. Como o brasileiro está acostumado a relacionar armas com a criminalidade que assola o país, sua tendência natural é dizer sim à proibição, sem questionar se a medida serve para reduzir a violência.

Ninguém de boa-fé pode ser favorável à venda indiscriminada de armas de fogo. A idéia de um planeta sem armas é uma deliciosa utopia. Ninguém pode também se opor a ela desde que John Lennon pediu que se desse “uma chance à paz”. O desastre é que o referendo do dia 23 não será um passo na direção dessa utopia. Se vencer o SIM, ele apenas vai desequilibrar ainda mais o balanço de forças entre as pessoas comuns e os bandidos – a favor dos bandidos. “As mazelas da insegurança nacional não decorrem do excesso de armas nas mãos da população, mas de uma polícia, um sistema judicial e prisional ineficientes”, diz José Vicente da Silva Filho, ex-secretário nacional de Segurança Pública. Para lutar contra o crime, o Brasil dispõe de meio milhão de homens nas polícias Militar, Civil e Federal. Não é pouca gente. Nas principais cidades brasileiras, a proporção entre policiais e população é semelhante à de Nova York. Os policiais brasileiros estão entre os mais improdutivos do mundo. No tempo gasto por eles para esclarecer um caso, seus colegas americanos desvendam nove e os ingleses resolvem catorze. As várias forças policiais não trabalham em conjunto, não existe um bom sistema de troca de informações criminais entre os estados e é difícil e raro expulsar policiais corruptos das corporações. A Justiça condena poucos criminosos por dois motivos. Primeiro porque está sobrecarregada de processos por causa da escassez de juízes. Segundo porque em geral o trabalho de investigação da polícia é malfeito.

O poder público brasileiro tem uma larga tradição em abster-se de enfrentar os problemas de forma realista e racional para buscar soluções no mundo do faz-de-conta. São planos que prometem “matar o tigre com uma bala só”, como dizia o presidente Fernando Collor de Mello a respeito da inflação. A solução “bala mágica” foi usada várias vezes contra a inflação e nunca deu certo. Só funcionou quando o Plano Real optou pela racionalidade e aceitou a existência de um mundo real do lado de fora dos gabinetes de Brasília. O referendo carece dessa racionalidade. Cria um problema falso (o excesso de armas no Brasil) e uma solução enganosa (acabar com as armas legalizadas) de forma a evitar a questão real (a criminalidade e a ineficiência da política). Em outras palavras, em lugar de enfrentar o problema, finge-se que ele não existe. Pior é que somos reincidentes. Em 1998, para combater o desmatamento na Amazônia, que repercutia negativamente no mundo, em vez de fiscalizar e reprimir as madeireiras ilegais, o governo instituiu o registro das motosseras, que foram equiparadas às armas de fogo. O governo colocou o país para dormir tranqüilo com a medida. Resultado: nos cinco anos seguintes, desmatou-se na região o equivalente a três Bélgicas. No lugar das motosserras, proibidas, os desmatadores passaram a usar tratores em sua faina destrutiva.

O próprio nome da campanha – pelo desarmamento – é enganoso. O título tem apelo popular, mas não traduz com fidelidade o que está sendo proposto. Não se trata de uma consulta sobre o desarmamento, mas a respeito da proibição ou não do comércio de armas. Restrições mais severas quanto a compra, posse e porte de armas já foram adotadas pelo Estatuto do Desarmamento, em vigor desde 2003 – e não estão em jogo. “Gasta-se um instrumento fundamental da democracia, o referendo, para discutir um tema superado pelo próprio estatuto”, diz Hugo Leal, secretário de Justiça e Direitos do Cidadão do Rio de Janeiro.

Há 2,5 milhões de armas legalmente registradas em mãos de cidadãos comuns. Em termos porcentuais, significa que 1,4% dos brasileiros tem uma arma, que pode ser uma espingarda de caça, comprada num estabelecimento comercial devidamente legalizado, e a registrou nos órgãos oficiais. É contra essas pessoas que está sendo brandido o referendo. Na falta de qualquer outra estratégia real, que enfrente o crime e a corrupção policial com persistência, surgiu a solução da democracia direta que fará muito barulho por nada. É mais uma oportunidade perdida.


O TRUQUE DA PERGUNTA

José Cruz/ABR

No dia 23 de outubro, os brasileiros serão chamados às
urnas para responder “sim” ou “não” à seguinte questão:

“O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?”

Metade do sucesso de uma consulta popular vem da correção e seriedade com que a questão é formulada. A pergunta do referendo do dia 23 de outubro é um disparate. Ela reduz um problema social complexo a uma simplória questão comercial

A pergunta do referendo de 23 outubro poderia ser formulada de modo mais honesto e realista da seguinte maneira:

“O Estado brasileiro pode tirar das pessoas o direito de comprar uma arma de fogo?”

Os bandidos, como se sabe, são fora-da-lei. Já é ilegal matar, e eles matam. É ilegal roubar, e eles roubam. Se o comércio de armas se tornar ilegal, os bandidos vão continuar fortalecendo seu arsenal no mercado negro como sempre fizeram

Jorge William/Ag. Globo

O CRIME ARMADO ATÉ OS DENTES
Arsenal apreendido no Rio de Janeiro: há 8 milhões de armas nas mãos de bandidos no país

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Motivo para votar sim:

MEU PAI PODERIA ESTAR VIVO SE UM MISERÁVEL NÃO ESTIVESSE COM UMA ARMA NUMA ESTÚPIDA BRIGA DE BAR!

Com certeza você não sabe o que é ter a vida arruinada por alguém que se acha o “dono do mundo” por estar empunhando uma arma! Espero que nunca se torne vítima do seu próprio ideal!

Vai querer mesmo fazer este tipo de campanha aqui?

Mazinho

minha opniao e q o problema n e a arma…
arma n mata ninguem quem mata e o homem…

sou PM e quando trabalhava no serviço operacional nunca usei uma arma fora de serviço…não vejo necessidade da população andar armada…

Diante da frase de Mazinho: …sem comentários…

Concordo. O que existe é a necessidade de tomarmos precauções p/ evitar conflitos, sejam armados ou não. Só como exemplo, o segurança mais requisitado por todos os superastros que vão fazer show no Brasil não carrega uma arma. Uma vez entrevistado, ele disse que a arma mais poderosa ele carrega dentro da cabeça.

Pra mim tanto faz, mas vou votar no NÃO, porque eu sou a favor do livre arbitrio.

Devem ser seguidas as leis, nisso eu voto sim de olho fechado.

A questão como todos podemos ver é hiper polêmica, o problema não é a proibição ou não da venda de armas de fogo, e sim do próprio sistema.
Os bandidos vão continuar armados, as armas ilegais vão continuar circulando.
O que falta é fiscalização nas fronteiras, uma policia mais preparada, e um sistema judiciario e penal eficiente.
As fronteiras são mal guardadas, e como a própria reportagem diz, os crimes não são solucionados.
A televisão mostra os bandidos com armas automáticas e semi automáticas, mostra o rosto de quem esta com a arma e ninguém faz nada.
Poderíamos reformular a pergunta da seguinte forma:

O sistema judiciário deve funcionar de acordo com a constituição e leis vigêntes nos prazos estabelecidos ?

ou

As fronteiras deverão ser guardadas como nos países de primeiro mundo impedindo a entrada de contrabando, e saída de divisas do país?

Os corruptos do sistema público, polícia, governo e judiciário deverião ser julgados e condenados segundo seus atos como o cidadão comum ?

O Estado deve ser punido quando um crime ocorre com o cidadão de bem é prejudicado pela falha do sistema?

estas são as perguntas que deveriam vir antes desse plebíscito sobre armas, ou pelo menos junto.
Não sou a favor de armas, eu mesmo não teria uma, mas muitas pessoas que lidam com valores não tem a proteção do serviço ´público.
Depois que o serviço público fizer o seu papel como manda a Constituição, ai sim deveria discutir sobre o desarmamento.
Não adianta tapar o sol com a peneira, a questão é muito complexa para se discutir com um simples sim ou não.
E o mercado externo de armas que agradece pois a ilegalidade vai sempre existir.

temos que votar em SIM, pois em qualquer briguinha se o cidadão armado leva um soco, ele não vai querer revidar com um soco, ele vai puxar a ARMA e o GATILHO sem dó… então devemos sim desarmar a população.

essa é minha humilde opinião

::bey:: Lamento muito ter que ir votar obrigado nesta questão!!! Acho hipocrisia esta votação, estão tentando encobrir a incopetência dos governantes (ladrões por sinal ::raiva:: ).

A maioria das mortes por armas de fogo no nosso País são com armas ilegais!!! Essa votação, que vai mobilizar uma grande estrutura, tempo, desgaste e, com certeza, não é uma cartada definitiva, pelo contrário, parece um “tiro pela culatra”!!!

Vão continuar existindo idiotas brigando na rua e atirando nos outros ::cego_surdo_mundo:: !!!

Já que sou obrigado votarei SIM, mas essa votação ridícula nem deveria existir!!! ::odio::

A proibição da venda de arma não vai resolver totalmente a Violência, mais com certeza vai diminuir. A maioria das mortes com arma de fogo é por motivos banais, causadas por bebedeira, brigas no trânsito, intrigas, acidentes domésticos, etc. ou seja por cidadãos comuns. Esses crimes com certeza diminuirão. Com relação aos marginais também irá dificultar, pois não é qualquer bandido pé de chinelo que vai ter acesso ao contrabando de armas. E outra coisa muito importante, o flagrante para o Assalto, Roubo, furto, sequestro, etc. é tremendamente dificil, mas o flagrante com arma de fogo, é bastante fácil, pois o bandido vai estar sempre armado. Facilitando o trabalho da Polícia.

  • O DESARMAMENTO VAI FACILITAR O QUE ANTES ERA DIFÍCIL, IDENTIFICAR QUEM É BANDIDO E QUEM NÃO É.
  • QUEM USAR ARMA (não sendo policial) É BANDIDO.

Agora outros problemas tem que ser resolvidos também. Mudar o modelo policial do Brasil. Não é necessária duas Polícias Estaduais (Polícia Civil e a Polícia Militar). Deverá ter investimento na Polícia de Investigação que é o trabalho da Polícia Judiciária (Polícia Civil), nos serviços de Inteligência. Os Governos Estaduais, em cada gestão, aumenta os quadro da Polícia Militar, que é uma Polícia Arcaica, baseada na hierarquia, onde existem 11 (onze) niveis, e só que vai para rua, para a atividade fim são os Soldados, Sargentos e Sub-tenentes, o restante ficam nos gabinetes em trabalhos administrativos. É um verdadeiro cabide de emprego. Na atividade fim, atividade policial de rua, em alguns Estados não chega a 30%. Eles identificam as áreas de maior violência, e mandam equipes para lá, tentando prevenir, e diminuir a violência. Mas a violência muda de área. O certo, não é só identificar as áreas de violência e sim identificar quais são os grupos marginais que atuam e quem são os seus integrantes. E esse trabalho só é possível com investigação, trabalho de inteligência que próprio da Policia Civil.

  • Outro grande problema é a morosidade da Justiça.

José Augusto Goes
Desportista e Policial Federal.

Eu voto SIM pelo desarmamento.

Aliás, achei essa reportagem da VEJA uma das coisas mais nojentas feitas na imprensa brasileira, uma parcialidade levada ao extremo, como se só houvessem malefícios com a proibição do comércio de armas, tipo “José Stedile e o MST são a favor do desarmamento pq vão poder invadir todos os lugares sem resistência”. Só faltou usar argumentos tipo Igrejas Dinheiristas, como “precisa-se de armas pra defenser-se do diabo”.

Tem aquela parte ilustrada que diz que a lei serve pra tirar UMA ARMA do cidadão e não tira UM ARSENAL do bandido. Até pode ser verdade isso, afinal eles não cumprem a lei.

Mas lembrem-se que um dia alguém chegou e disse “quem matar a partir de hoje vai ser penalizado”. Aposto que elevou-se diversas vozes dizendo “como alguém pode tirar o meu “direito” de vingar meu amigo/familiar morto? Essa lei não pode passar”. E passou. E hoje o homicício é crime e continua-se a matar. Mas pelo menos corre-se o risco de ser punido por isso. Quer ter e carregar uma arma? Tenha. Mas se vc for pego, vc tb será punido por isso. Pela agressão e pelo porte ilegal de arma.

Sabe, o simples pensamento de que cada arma a menos nesse mundo varia dele um lugar melhor é tão lógico, tão fundamental, tão básico, que eu chego até a me perder na hora de expor tantas idéias.

Abraço a todos.

[quote=“Augusto”:23ayw9wx]
Agora outros problemas tem que ser resolvidos também. Mudar o modelo policial do Brasil. Não é necessária duas Polícias Estaduais (Polícia Civil e a Polícia Militar). Deverá ter investimento na Polícia de Investigação que é o trabalho da Polícia Judiciária (Polícia Civil), nos serviços de Inteligência. Os Governos Estaduais, em cada gestão, aumenta os quadro da Polícia Militar, que é uma Polícia Arcaica, baseada na hierarquia, onde existem 11 (onze) niveis, e só que vai para rua, para a atividade fim são os Soldados, Sargentos e Sub-tenentes, o restante ficam nos gabinetes em trabalhos administrativos. É um verdadeiro cabide de emprego. Na atividade fim, atividade policial de rua, em alguns Estados não chega a 30%. Eles identificam as áreas de maior violência, e mandam equipes para lá, tentando prevenir, e diminuir a violência. Mas a violência muda de área. O certo, não é só identificar as áreas de violência e sim identificar quais são os grupos marginais que atuam e quem são os seus integrantes. E esse trabalho só é possível com investigação, trabalho de inteligência que próprio da Policia Civil.

  • Outro grande problema é a morosidade da Justiça.

José Augusto Goes
Desportista e Policial Federal.[/quote]

Caro José Augusto, é isso que eu estou dizendo. Essa votação é como atirar de bazuca em adolescente com arma. E mais, discordo em outro ponto, se a Polícia não mudar o contrabando de armas vai ser maior ainda!!!

Continuo achando que estão gastando muita munição em algo que não vai resolver nada… Porque não investir pesado na unificação das polícias (Civil, Militar, Municipal, etc)?

Continuo votando SIM, mas não vai dar em nada!!! ::raiva::

Ah, só mais uma coisa em relação a elaboração da pergunta. Acho que realmente é impossível fazer uma pergunta sem emitir um juízo de valor que influenciaria em uma resposta.

Eu acredito que a pergunta “O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?” possa fazer o eleitor balançar um pouco mais pelo voto sim, como ele fala na reportagem, associando subjetivamente as palvras “armas” e proibição".

Mas quando ele diz que se a pergunta fosse “O Estado brasileiro pode tirar das pessoas o direito de comprar uma arma de fogo?” seria mais
mais honesta e realista, dá vontade de dar risada, né? Ele associa, não subliminarmente, mas diretamente as palavras “Estado” (sinônimo às vezes de incompetência), “direito” (qdo todos temos medo de perder “direitos”) e comprar (verbo que exprime a nossa possibilidade de adquirir o que nós não nascemos com ou o Governo não pode nos dar).

Então, o eleitor diria "o que? Esse governo corrupto, além de tudo, quer tirar mais um direito que é meu? Não importa o que seja, mas se é um direito meu, então não quero perder.

Meu Deus, essa pergunta sugerida pela reportagem da VEJA é muito mais suja e manipuladora que qq outra.

Com 300 reais vc conversa com o cara que lava carro perto da sua casa que ele conhece alguem no morro onde ele mora que vende arma e com apenas 300 reais vc consegue uma 380 automatica, que custa 1200 reais na loja.

Até quem compra armas por esporte, praticar tiros e etc… as vezes prefere comprar do trafico do que da loja, além de que no trafico vc paga e leva, na loja vc paga, paga, paga e depois de quase 2 meses vc leva.

Assim como no resto…

Acredito que pelo menos 70% da população compra CDS nos camelos e nao nas lojas…

Acredito que varias pessoas aqui do site contrabandearam equipamentos de TM pra nao pagar imposto.

O referendo não vai mudar nada o principal problema da sociedade que se chama VIOLENCIA.

Eu sou meio radical nas minhas opinioes, principalmente no que envolve GOVERNO e POVO.

Pra mim o problema começa no senada, no palacio da republica, nas camaras municipais…

[b]Vocês recordam de uma caso ocorrido as vésperas das Olimpíadas de Atenas???

O fato foi o seguinte:

Um atleta brasileiro (não me recordo do nome), esportista profissional da modalidade de Tiro ao Alvo, até então Campeão Panamericano de Santo Domingo, e um forte candidato a uma medalha nas Olimpiadas de Atenas.

Este utilizava uma pistola modelo antigo e velho para padrões de nível atual e adquiriu com muito esforço o Patrocínio da Empresa Beretta da Itália (a mais respeitosa marca da espécie). É o sonho de consumo de todos os atletas de Tiro ao Alvo.

Porém, este foi PROIBIDO de receber e utilizar a tal pistola, devido a Legislação Brasileira Proibir o posse legal de armas.

E este atleta, que tinha grandes chances de conquistar a tal sonhada medalha olímpica teve de rescindir o contrato com a empresa Beretta, e assim foi prejudicado devido a Legislação Brasileira.

O que quero dizer com isso? O país está GENERALIZANDO todos os casos. O Governo esta querendo matar o coelho numa cajadada só!!!

Devemos sim, analisar caso a caso e não perguntar SIM ou NÃO a uma única pergunta!!!

Isso não é DEMOCRACIA!!! O Governo formula a pergunta e o povo soh diz sim ou não???

Vamos pensar pessoal!!!

Eu digo Sim, porém com VÁRIAS exceções…

Abraços.[/b]

[size=4]Alguém aqui já usou uma arma de fogo?
Alguem aqui tem porte de arma?
[/size]

Sou Policial Militar e nunca portei uma arma fora do serviço…
Tem muita gente aqui falando besteira.

O comércio de armas deve ser proibido sim. A primeira coisa que o marginal faz quando assalta alguém armado é matá-lo e roubar a arma.
Eu trabalho no setor de estatistica do Bombeiro, mas já fiz estatística para a área operacial da polícia, e as ocorrências com arma de fogo por causa de discussões bobas, são absurdas…
Andar armado não protege ninguém.

Mesmo votando SIM à proibição do comércio de armas de fogo, as pessoas que comprovarem a necessidade de possuir uma arma, vão ser autorizadas…então vê se não falam bobagens…tem muita gente que não conhece o poder de uma arma de fogo.

Jadson, aí é que está o problema…

No caso do atleta brasileiro de Tiro ao Alvo foi PROIBIDO de usar a pistola desejada a vida toda!!!

Nós, sendo esportistas sabemos o quanto isso deve ter sido frustrante. Imaginem se a BTY dissesse que irá patrociná-lo mas devido as restrições brasileiras isso não venha a ser possivel…

Lendo o Estatudo do Desarmamento, não li em parte alguma exceções que possibilitem o uso. Este para Atletas, Policiais Aposentados, Seguranças Autônomos, etc…

Por isso que estou dizendo, o Governo está generalizando todos, sem exceção alguma, e isso é errado. Devemos analisar caso a caso!!!

Sou SIM a favor do desarmamento do CIDADÃO brasileiro, porém com várias exceções…

Jadson, eu não possuo porte de armas mas conheço vários modelos de arma… (Já atirei com várias, revolver 38, pistola 375, espingarda Winchester 22, Carabina 36, 9mm)

A arma é um perigo.

Não só pra população em geral mas para qualquer um, vemos direto na tv pessoas que morrem por bala perdida…

PESSOAS QUE MORREM POR BALA PERDIDA

Teria esta arma saido da loja que comercializa armas e munição
OU
Teria esta arma saido do batalhao da PM
?

Merda acontece… Não importa a origem, não interessa se o cara comprou na loja ou de um ex-pm corrupto.

O Sistema tem que mudar, não vai mudar nada independente do resultado deste referendo. E triste mas é verdade.

Eu sinceramente me sinto mais seguro com uma arma do que sem uma arma.

[quote=“Kamikaze2”:1f89x1y8][b]Vocês recordam de uma caso ocorrido as vésperas das Olimpíadas de Atenas???

O fato foi o seguinte:

Um atleta brasileiro (não me recordo do nome), esportista profissional da modalidade de Tiro ao Alvo, até então Campeão Panamericano de Santo Domingo, e um forte candidato a uma medalha nas Olimpiadas de Atenas.

Este utilizava uma pistola modelo antigo e velho para padrões de nível atual e adquiriu com muito esforço o Patrocínio da Empresa Beretta da Itália (a mais respeitosa marca da espécie). É o sonho de consumo de todos os atletas de Tiro ao Alvo.

Porém, este foi PROIBIDO de receber e utilizar a tal pistola, devido a Legislação Brasileira Proibir o posse legal de armas.

E este atleta, que tinha grandes chances de conquistar a tal sonhada medalha olímpica teve de rescindir o contrato com a empresa Beretta, e assim foi prejudicado devido a Legislação Brasileira.

O que quero dizer com isso? O país está GENERALIZANDO todos os casos. O Governo esta querendo matar o coelho numa cajadada só!!!

Abraços.[/b][/quote]
Dê uma olhada no artigo 6º do Estatuto do Desarmamento:

[i]Art. 6º - É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos previstos em legislação própria e para:

(…)

IX – para os integrantes das entidades de desporto legalmente constituídas, cujas atividades esportivas demandem o uso de armas de fogo, na forma do regulamento desta Lei, observando-se, no que couber, a legislação ambiental.[/i]

Se o caso narrado for verdade, com certeza o que houve foi um problema burocrático.

Abraços,

Mazinho

ESTE SERÁ O ÚNICO TÓPICO SOBRE O “NÃO AO DESARMAMENTO”.

Quem insistir em abrir um novo tópico sobre o mesmo tema será banido do site.

Sem mais,

Mazinho