Aê galera, achei isso na net e acho q é muito interesante
No princípio havia o Nada. E seria bom se continuasse assim até hoje (se bem que “hoje” seria uma palavra sem sentido se existisse Nada), mas eis que chega Deus (não se sabe de onde, já que só havia o Nada…). E Deus - que apesar de ser o que é não enxerga bem no escuro - falou com toda Sua moral divina: - Faça-se a luz!
Só que Sua voz não saiu, porque não havia ar no Nada (aliás, não era mais “O Nada”, já que Deus estava lá) e o som não se propaga no vácuo. Mas houve luz. Deus é Deus, com ou sem voz. Fazer o que, né?..
E Deus ficou lá, no meio de toda aquela luz. Para passar o tempo resolveu criar coisas e mais coisas. Esperto como só Ele é, sabia que cedo ou tarde se cansaria (!) de ficar dizendo “Faça-se isso! Haja aquilo!”, então, para poupar (!) Sua infinita e eterna saliva, criou os anjos para serem instrumentos de Sua vontade. Os fez incansáveis e totalmente obedientes para que pudessem trabalhar sempre e sem reclamar.Cada anjo tinha um dom especial que o ajudava a desempenhar seu papel no plano de Deus e todos foram divididos entre dois grupos de trabalho: um responsável pela manutenção e organização da Criação, sob o comando de Miguel, e outro responsável pela destruição e criação, sob o comando de Lúcifer.
- É para manter o Equilíbrio - disse Deus à eles.
Dadas as devidas instruções, os anjos puseram mãos - e asas - à obra e após um tempo indeterminado a Criação praticamente se completou.
Vendo que aquilo era bom, Deus chamou à Sua presença (embora fique estranho falar em “chamar à presença” quando o ser em questão é onipresente…) Miguel e Lúcifer, os líderes dos dois grupos de anjos. - Agora que tudo está feito, podemos dar início ao que eu chamo de “jogo” - disse Deus aos arcanjos.
- Deus, qual a graça de jogar já sabendo o resultado? - perguntou Lúcifer. - Não consigo entender Você…
- Mas é claro que não consegue me entender! - soou a voz de Deus em meio à trovões. - É por isso que sou Deus, ora! Pois bem, o jogo será o seguinte: darei o dom do livre-arbítrio e do saber, inicialmente, para um casal de hominídeos. Em seguida, farei algumas proibições à eles. Miguel e sua turma terão que convence-los a respeitarem as tais regras, enquanto Lúcifer e seu bando tentarão convence-los a infringir as regras. Interessante, não?
- É… - disse Lúcifer, contrariado - mas ainda não entendo a moral disso tudo.
- E tem mais! - continuou Deus. Para dar mais realidade (!) ao jogo, só vocês dois saberão o que realmente está se passando. Lúcifer, você e sua patota terão que se mudar daqui e antes que você pergunte “por que?”, eu digo: porque as almas dos seres que seu grupo conseguir convencer deverão ficar separadas daquelas convencidas pelos anjos de Miguel. Assim poderei mandá-las para Terra quantas vezes for preciso sem que elas saibam que tudo é um jogo. Para concluir, de tempos em tempos enviarei à Terra um Messias para dizer as novas regras a serem seguidas de modo que o jogo se mantenha dinâmico e possa se prolongar até o Fim dos Dias.
E o plano de Deus foi colocado em prática. Lúcifer, que agora passou a se chamar Satã para melhor condizer com seu papel no Jogo, convocou um terço dos anjos e se mudou para o Abismo.
Os hominídeos ganharam o livre-arbítrio e o saber, foram colocados numa selva paradisíaca e então Deus anunciou a primeira regra: pôs uma macieira no meio da selva e proibiu que suas maçãs fossem comidas.
Miguel considerou essa primeira fase do Jogo praticamente ganha, pois aqueles hominídeos pensantes gostavam de bananas, e não de maçãs. Mas Lúcifer, quer dizer, Satã, fazendo uso de sua “língua de cobra” e o dom da (agora abissal) lábia conseguiu convencer o casal de símios a se empanturrarem de maçãs e assim marcou o primeiro ponto no Jogo de Deus.
O resto da história, vocês conhecem… vivem ela até hoje.