Madger, acho que é, sim, um mérito do filme fazer repercutir o problema da segurança pública no Brasil, até porque ele não inventou a violência que retrata.
O que me parece trágico é alguém aceitar a dicotomia “morro vs sociedade” sem angústia e simplesmente tomar partido de um dos lados da questão, talvez porque confunda o ponto de vista do protagonista com um suposto ponto de vista do filme ou do diretor, sendo que a primeira coisa que deveríamos fazer é jogar fora essa dicotomia e pensar uma alternativa tanto ao traficante quanto ao capitão nascimento.
Já que o tema violência está tão em evidência, sugiro aos senhores que acessem o site www.mininova.org e baixem o filme de 2005 “quase dois irmãos”, com Caco Ciocler e grande elenco. O filme versa sobre o surgimento da Falange Vermelha, atual Comando Vermelho, que foi a 1ª grande organização criminosa do Brasil. Filme muito bom.
OBS: O Capitão Nascimento “existe”, devido ao tráfico de drogas. O tráfico de drogas existe devido aos MALDITOS USUÁRIOS DE DROGAS.
[quote=“cesarav”:2tnbutk3]OBS: O Capitão Nascimento “existe”, devido ao tráfico de drogas. O tráfico de drogas existe devido aos MALDITOS USUÁRIOS DE DROGAS.[/quote]
e q na maioria dos casos são filhinhos do papai, q tem carro , frequentam as escolas mais caras e participam da caminhada pela paz vestindo uma camiseta branca com inscrição “Paz”. Aliás isto foi muito bem colocado no filme.
[quote=“cesarav”:1qw33j8h]OBS: O Capitão Nascimento “existe”, devido ao tráfico de drogas. O tráfico de drogas existe devido aos MALDITOS USUÁRIOS DE DROGAS.[/quote]
Resumiu bem, César! Esse filme foi bom pra dar uma esculachada moral neles.
Agora, não indicar para o oscar por ser violento? Melhor ser direto e dizer que nao indicou pra não queimar mais ainda a imagem do país.
Não duvido muito que se indicassem para o oscar iria ganhar algo.
Tem vários filmes que são violentos ao mesmo porte e são indicados ao oscar, mas nenhum “baseado em fatos reais”.
Ótimo filme, vou assiti-lo mais umas 500 vezes, e pra quem não sabe tem ele postado no google vídeos.
[quote=“Flavio_Sartor”:1k8sqgk4]Não duvido muito que se indicassem para o oscar iria ganhar algo.
Tem vários filmes que são violentos ao mesmo porte e são indicados ao oscar, mas nenhum “baseado em fatos reais”.=][/quote]
“O resgate do soldado Ryan”
Ate onde sei, ganhou oscar… E logo na abertura é banhado em sangue e cenas com corpos sendo mutilados…Por sinal é um dos inícios de filme mais frenéticos que já ví.
Tava vendo na Cultura, no Observatório da Imprensa, os caras falando do filme.
Perguntaram ao diretor sobre os números da pirataria, e ele tem um levantamento das pessoas que assistiram às cópias piratas.
São números assustadores, da ordem de milhões e milhões de pessoas.
O interessante é que ele não parecia chateado, pelo contrário, estava orgulhoso da repercussão do filme, segundo ele sem gastar um centavo em divulgação.
Olá! O Padilha estava orgulhoso mesmo, porque o filme, de forma completamente imprevisível, virou febre não só aqui, como em países da Ásia e África, via pirataria. Mas isso tudo é um mutilador de lucros, já que tem impacto negativo nas bilheterias e, posteriormente, na venda de dvds originais. Por outro lado, o prestígio do diretor fica lá no everest rs.
Quanto ao discurso de que o filme esculachou USUÁRIOS DE DROGAS, ele é justamente o que chamei de trágico, porque é uma mera carona no ponto de vista do protagonista…
O tráfico se beneficia da radical exclusão social do morro que, por sua vez, é agravada pela forma como as corporações policiais são geridas, e o capitão nascimento é uma caricatura desse tipo de gestão trágica, porque convive com um abismo entre intenção e realização, exatamente como a nossa polícia… E como a gente mesmo, de classe média informatizada, que tem as informações e os meios de cidadania, mas que age como quem não os tem.
Oficialmente, “Tropa de Elite” estreou no Festival de Cinema do Rio. Para ter condições de competir a uma das vagas no Oscar, deveria estar em cartaz nos cinemas.
Mas o longa foi colocado as pressas em exibição em uma única sala e horário em um cinema de Jundiaí, interior Paulista.
É o jeitinho brasileiro de sempre, que desta vez não deu certo.