Sujestão sobre combinações

Eu fui caneteiro por bem mais tempo do que joguei clássico. No início/meados dos anos 90 eu estudava na Fatec SP e tinham muitos federados que treinavam lá, então foi uma escola legal. Jogando caneta eu conseguia fazer boas partidas com o pessoal de segunda divisão, fazia em média meus 16-17 pontos nos sets de 21, as vezes ganhava sets e eventualmente alguma partida, mas eu sentia que tinha que me movimentar demais para expor o backhand o mínimo possível e a mesa ficava muito aberta. Aí tinha um cara chamado Jimmy que jogava muito e de vez em quando ia lá treinar com a gente e ele sempre falava que eu devia mudar para o clássico para aproveitar meu tamanho e agressividade também no backhand e ele demonstrava isso de forma convincente me castigando igual com bolas dos dois lados (ele jogava clássico). Acabei mudando, mas não cheguei a aprender a usar o backhand da forma que gostaria, passei a perder para muitas pessoas que normalmente ganhava, nos jogos contra o pessoal federado minha pontuação média caiu para uns 12 pontos, o saque perdeu efeito. Entendi que fazia parte do aprendizado, só que tive uma distensão séria no músculo das costas, ficou um buraco de 2 cm e quase tive que operar, quando pude voltar a jogar tinha que tomar cuidado com o movimento porque ainda incomodava e acabei parando de jogar por uns 20 anos rss. Se for ver meu histórico devo ter treinado uns 3 anos intensamente como caneteiro e 6 meses com clássico, mas não pretendo voltar para a velha caneta japonesa, minha meta é até os 50 anos estar jogando como o Ma Long :slight_smile:

Nesse caso é melhor ficar clássico mesmo, porque o backhand de caneta tradicional exige demais do ombro, só ver o Kim Taek Soo dando aquele back dele longe da mesa. Treinando aos pouquinhos e com qualidade você alcançará seus objetivos com certeza, só ter paciência e trabalho focado.

No fim quem decidiu como ficaram as combinações foram os correios/receita.

Chegaram a MX-P e a Rasant Grip, como treino amanhã cedo já foram coladas na Mazunov.

Algumas observações:

A raquete ficou bem mais pesada com essas duas borrachas 2.1 do que com a Mark V 2.0

A Rasant Grip é muito macia, o corte ficou razoável, o pior que já fiz até hoje porque estranhei cortar uma borracha tão sem firmeza. Nada feio, mas não tão regular como de costume.

A MX-P tem o mesmo cheiro da M1, devem usar o mesmo boost na fábrica, a Grip parece ter também, mas muito menos intenso, as outras duas parecem que passaram perfume de tão forte.

O feeling das 3 borrachas é totalmente diferente, sendo a Grip muito macia perto das outras duas. A MX-P e a M1 são bem rígidas, mas a M1 arremessa a bola para você enquanto com a MX-P parece que você que precisa fazer o esforço.

Amanhã treino umas 3 horas e meia com elas, aí vai dar para ver batendo para valer na bolinha, a princípio parece que a M1 e a MX-P servem para a mesma coisa só que com características distintas, imagino que o controle da MX-P no jogo curto seja maior, amanhã confirmo.

As três são fabricadas com a mesma tecnologia ESN não é a toa você sentir a semelhança hahah

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Yuri, mais uma questão de cheiro mesmo, porque as características das borrachas parecem bem diferentes.

Os desenhos da Grip e da M1 em relevo são parecidos, parecem mesmo da mesma fábrica, mas a MX-P já é bem diferente.

Logo mais tem treino e eu vejo como funcionam :slight_smile:

De fato, elas são todas fabricadas na ESN na Alemanha, além de talvez a maioria das borrachas do mercado hoje em dia (pelo menos as entre as mais comuns). E por serem da “mesma geração” (assim como Xiom Omega V, Donic Bluefire, etc.), elas são de fato MUITO parecidas.

Abraços!!!

Alcir, hoje tive oportunidade de jogar por umas 4 horas com elas e tirando o cheiro característico da M1 e da MX-P eu não achei as borrachas parecidas no toque ao bater na bola ou nas características de jogo.

A MP-X e a M1 são bastante ofensivas, mas apesar de ambas serem firmes o toque é bastante diferente. A M1 solta mais a bola e também levanta bolas pesadas mais facilmente, porém com movimentos curtos senti que a MX-P proporciona mais efeito. A M1 é ótima para bater chapado na bolinha, estando um pouco mais alta que a rede dá para atacar até bolas com um pouco de peso, já a MP-X eu não achei boa para isso, ela tem menos controle batendo chapado, funcionou melhor usando topspin como minha velha Mark V.

Senti que a MP-X proporciona melhor controle tanto para jogo curto como nos drives longe da mesa, mas as duas são canhões muito rápidas e com muito efeito nessas bolas distantes.

A Rasant Grip achei outra história. Ela é rápida, mas não se compara com as duas anteriores sendo também muito mais macia. Achei mais difícil bloquear aquelas bolas altas, lentas e cheia de topspin com ela do que com anteriores, era mais fácil bater ativamente na bola do que simplesmente bloquear. O jogo curto dela é excelente, dá para colocar a bola onde quer, mas para mim fica difícil dizer como ela se comporta com topspin mais longe da mesa porque ainda não está no meu repertório fazer isso no backhand. Nas bolas perto da mesa ao contrário do que tinha lido sobre a borracha tinham um bom arco e bastante efeito.

Se fosse para ficar com uma só hoje seria a MX-P, mas dentro das minhas limitações no backhand a Grip por enquanto vai me atender desse lado.

Peguei hoje a Power Carbon e a adaptação com o conjunto PPC/Powergrip/Rakza 7 foi praticamente imediata.

Desde que abri o tópico tive oportunidade de testar a M1, MX-P, Grip, Powergrip, Rakza 7 além das Tenergies 80 e 64.

A conclusão que eu cheguei até o momento é que no forehand a questão high throw ou low throw não faz muita diferença para mim, bastando ajustar a forma de bater na bola, mas no backhand definitivamente prefiro uma high throw.

Outro ponto é que não estranhei jogar com as borrachas firmes e rápidas no backhand, mas não me adaptei com a Grip que é a mais macia de todas em lugar nenhum.

Este final de semana teve um torneio por equipes no clube e participei para prestigiar. Apesar de treinar sempre com as raquetes clássicas eu ainda sinto minha velha caneta mais natural então fui com ela para o torneio e consegui vencer as minhas 4 partidas. O conjunto Cypress/M1 funciona muito bem pra meu estilo agressivo. Não estranhei esse novo mundo (para mim) das borrachas tensionadas, a M1 que dizem ser super rápida me lembra das borrachas com cola rápida, acho que a maior diferença é no spin que as novas parecem ter mais.

Achei a rakza 7 facílima de jogar no backhand, a única coisa é que com as bolas de plástico ela poderia ter mais grip, com as outras bolas tudo tranquilo.

Creio que vou passar a velha Mazunov para frente, as novas borrachas são muito mais pesadas e eu sinto como se tivesse jogando tênis de mesa com o martelo do Thor rsss. A PPC tem boa velocidade, bom controle e é muito mais leve, gostei mais dela para praticamente tudo, muito mais parecido com o que eu jogo com minha raquete caneta do que a Mazunov.

Mazunov já foi aposentada e substituída por uma Viscaria. A MX-P ficou no FH e a Rasant Grip deu lugar para uma MX-S e foi parar atrás da minha raquete caneta para eu ver se aprendo a usar isso.

Não gosto de ficar trocando equipamento, no passado depois de testar um monte de coisas me estabeleci com a Mark V, mas naquela época para meu estilo as opções eram basicamente Sriver e Mark V, com uma borracha chinesa que não lembro o nome que vinha com a esponja nas cores amarela (macia) e azul (dura) separada da borracha como opção barata. Desta vez tem bem mais coisas, mas pelo que estou sentindo muitas opções são próximas e com pequenos ajustes joga-se com qualquer uma. Descartado por enquanto só a Grip.

Recebi o Falco Tempo Booster, quando alguma borracha começar a morrer vou testá-lo com cuidado já que meu primeiro teste com óleo Singer aposentou compulsoriamente a velha Mark V

Realmente Nasche, se você ficou com um conjunto e se sentiu bem, não troque mais, é melhor para seu desenvolvimento como atleta. Sei que é difícil resistir a tentação de experimentar materiais novos, o cheiro de borracha nova, etc, mas é necessário. Se for trocar, troque pelas mesmas borrachas, e ainda corre o risco de vir com variações no lote.

Quanto ao booster, você provavelmente já deve ter colado essas borrachas na sua Viscaria. Então quando sentir que deve colocar o óleo, retire as borrachas e pode passar o booster por cima da camada de cola (na verdade isso deve ser feito antes de toda passagem de booster). Isso porque as esponjas tensionadas precisam de fato ter uma proteção maior ao booster, senão elas podem formar muitas bolhas. Eu, particularmente, passaria uma camada só na primeira vez apenas por precaução. Pode passar no máximo duas em borrachas tensionadas, mas como seu material é novinho é melhor não arriscar de cara. Apenas por curiosidade, eu faço recolagem do meu material de um mês e meio em um mês e meio. Talvez esse intervalo pode ser bacana pra você por o booster na 1ªvez.

Diogo, estou testando esse booster que você recomendou pela primeira vez hoje para ver se “corrige” uns pontos que não gostei em uma borracha que está praticamente nova (Evolution MX-S), depois compartilho a experiência.

Essa borracha lembra um pouco umas chinesas de tão dura e quase sem catapulta. Vou ver se o boost muda isso como faz com as chinesas já que ao contrário da MX-P e das Bluefires ela não tem cheiro algum de fábrica. Se não resolver vou passar para frente mesmo porque não morri de amores por essas características e peguei uma EL-P em promoção.