Netolx, prazer falar com você.
Das madeiras que você citou posso te falar da Primorac e da Schlager, ambas da Butterfly.
A Primorac possui duas versões: a Primorac (OFF-) e a Primorac Carbon (OFF). Mesmo a carbonada dela ainda possui um toque mais macio, que o pessoal que gosta de dar drive prefere mais. Eu usei a Primorac por um ano com duas Coppa Silver (em 2007 na época da cola rápida). Sinceramente, não senti falta nenhuma de velocidade, e sim excesso. A Primorac Carbon bati bola com ela e muda bastante porque o ângulo precisa ser bem fechado mesmo, por mais que venha uma bola cavada (por baixo). Eu não gostei porque não precisava fazer esforço pra bola passar.
A Schlager Carbon (OFF+) é um foguete (quase um ônibus espacial kkkk). Ela e a Viscaria são de longe as duas madeiras mais rápidas que experimentei da Butterfly. Só que o toque da Schlager é muito duro, e você não sente nem um pouco a bola bater e raspar na raquete (diferente da Primorac). E, você deve saber, quanto mais rápida a madeira, mais difícil de raspar e gerar efeito. Ela é uma raquete boa se você for aquele bloqueador ativo, tipo que fica 1m da mesa bloqueando drive e dando shoto, principalmente se for de backhand (isso foi o que mais gostei dela). Agora para manter bola curta, drive com efeito e golpes que precisavam de melhor coordenação, não me senti confortável com a Schlager carbonada.
Muitas vezes, nós sentimos falta de velocidade,etc, mas muitas vezes as respostas estão dentro de nós. Não quero fazer discurso filosófico, mas pratique forehand em frente ao espelho, batida de backhand também. E principalmente, se filme batendo bola. Quando a gente se vê jogando nós vemos o tanto de coisa que podemos melhorar, exemplo: usar mais tronco na batida, distância entre os pés, movimentação, e por aí vai. Muitas vezes é melhor nós focarmos em corrigir postura e fundamentos básicos do que trocar de material (especialmente em tempos de dólar alto). Outra razão é: nossos músculos têm uma memória muscular, que grava ângulo de raquete, pressão que você faz no cabo, e especialmente, a coordenação olhos-membros superior e inferior. Por não sermos profissionais, demora pra gente ter noção de verdade do nosso material. E, se você troca o tempo todo, sua memória muscular fica uma bagunça. Eu trocava muito de material até 2012, quando comecei a ver que só trocaria em casos muito extremos.
O ditado que meu treinador dizia era: raquete é igual casamento, se achou uma que você se apaixonou, não largue dela, ou seja, achou um conjunto que te preencheu, não troque mais de madeira nem de borracha, só troque se for por outras novas, e olhe lá porque ainda pode vir com variações do fabricante. Porque se você se acostuma com seu material, sua lapidação de fundamentos ficará muito mais fácil. Para você ter ideia, se cuidarmos bem de madeira, ela pode chegar a durar até 10 anos ou mais. Ninguém daqui vai virar top 10 do mundo ou ganhar do Ma Long (o que por sinal, nem os top 10 conseguem kkkkk).
Espero ter esclarecido suas dúvidas e qualquer coisa só mandar mensagem novamente.
Abraço.