Tenho visto nos últimos jogos da WTT que a borracha de muitos jogadores profissionais passam do limite da lamina. Gostaria de saber o quanto isso pode ser ultrapassado?
Ao meu ver, existem algumas possibilidades para esse excesso:
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Algumas borrachas tendem a encolher depois de coladas.
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A borracha é usada, onde em alguns casos não tão específicos, elas se expandem.
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Muitos profissionais de ponta são 100% patrocinados, então para eles pouco importa o corte impecável das borrachas. E podendo ser, ou não, patrocinadores distintos para madeiras e borrachas, não cabe uma exposição “gratuita” de um sidetape que prevaleça algum em específico, então a sobra de borracha seria uma forma de “não favoreçer ninguem”, deixando algo “tosco”.
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Deixam esse excesso para proteger a madeira contra batidas
Não saber agora qual é o artigo da ITTF, mas há regra que a borracha deve ir até o limite da lâmina, ou seja preencher toda área de jogo; mas nõ pode faltar borracha.
Mas isso, até uns anos atrás, era muito da interpretação do árbitro.
Uns deixavam jogar com até 2mm sobrando e outros até 1.5mm faltando…
Não há definitivamente um artigo válido que proíba o excesso, podendo fazer o atleta ser desclassificado ou ter que trocar de conjunto
Portanto, na minha opinião, a situação mais válida é o contínuo descolamento da borracha da madeira, ou a “falta de capricho”.
Acho que deveria ser proibido por completo? Não. Apenas em casos que que há uma possível nítida vantagem, afinal a madeira (blade) pode ter qualquer forma, tamanho e peso…
Abs
Muito boa explicação Guilherme. Muito obrigado. No momento estou com uma raquete Caneta Xiom Gold já cortada com estilete e ficou perfeita, mas futuramente vou comprar uma raquete do estilo Clássico e quero deixá-la o máximo possível no estilo dos Pró.
No tênis de mesa, não existe patrocínio “híbrido” (mais de uma marca de material de jogo), portanto definitivamente não é o caso.
Os árbitros de fato barram e podem barrar ou exigir ajustes desta natureza (e com ou sem regra, eu mesmo já presenciei), mas há tolerância e, na prática, esta sobra não é nem mesmo do interesse do atleta, pq a raquete acaba ficando meio esquisita e a borracha mais exposta a descolar. Mas claro, como geralmente o pessoal não corta artisticamente (e vcs tb não o fariam se trocassem de borracha a cada poucos dias no meio de rotinas super exigentes para corpo e mente), acaba sobrando mesmo. E tanto da parte do árbitro quando dos atletas, afetar o jogo burocraticamente por conta disso seria um desserviço ao esporte. Resumindo, ainda bem que não acontece.
Enfim: quer uma raquete no estilo pro? Monte umas 3 ou 4 raquetes de uma vez, pegue uma tesoura e corte o mais rápido possível, e então vc terá uma raquete profissional hahahahahahahaha.
Isso sim. Mas quis dizer em casos que o atleta usa, por exemplo, uma marca e modelo específico, e que o memso não é patrocinador. No caso o próprio atleta banca o custo.
De forma recente, por estar aconpanhando os jogos eu me recordo da Giulia Takahashi, que usa pino Nittaku e não é patrocinada pela mesma (marca), somente madeira e borracha lisa da Cornilleau, afinal a mesma não fabrica borrachas pino…