O que o mundo precisa fazer para derrotar a China?

Não estamos aqui com complexo de inferioridade, o objetivo deste tópico é justamente um “diagnóstico” e busca de possíveis soluções ao problema “hegemonia chinesa”…

Realmente a questão interessante é que mesmo a Europa tendo a grana e “bons” técnicos, continuam tomando sarrafo chinês.

Um detalhe que me veio a mente agora é que praticamente o mundo inteiro “abomina” borrachas chinesas (as grudentas), dizendo que são mais difíceis de jogar, lentas e etc etc. Só pra contrariar o mundo inteiro, o chinês se torna (ou se programa pra ser) especialista usando esse material… Ora… De bobo, eles não tem nada… Se eles viram que isso dá mais efeito e complica mais o oponente, então eles SIM é que estão melhor equipados do que a grande maioria mundial que preza por movimentos curtos em nome da velocidade e eficiência nos golpes… Na prática significa dizer que: As bolas da chinesada vem diferente do resto do mundo!
Citei isso como exemplo pra chegar a uma simples situação pra ver qtos “treinam isso”: Alguém aqui está tão acostumado a treinar/jogar contra um bom atacante que use dessas chinesas? Ou o que mais acontece é que perdemos 2 sets ou mais “estranhando” essas bolas (desde o drive, a cavada, o saque)?

Se queremos ganhar deles, o que eles fazem não pode ser “estranho” pra gente.
Quem quiser jogar contra e ganhar de um chinês, tem que estar habituado a essas bolas e ter soluções pra elas.
Prova disso: Na final, em alguns pontos o ZJK bloqueou vários drives do WH até que optou (ou conseguiu) contratacar, onde qq não-chinês nem conseguiria bloquear tantos drives do WH…

(escrevi isso na madruga de ontem pra hoje, mas qdo fui postar minha net “deu pau”…mas tá aí…rs)

Complementando ao que foi comentado hoje, concordo que a parte mental tbm é um dos maiores diferenciais dos tops… Vide MaLong amarelando depois de tantas bananas e casquinhas contra WH, o “moleque” ate tentou voltar ao jogo, mas não conseguiu.

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Além de tudo existe a questão cultural, o tênis de mesa está no sangue deles assim como o futebol está no nosso. Mesmo quem não treina regularmente na china tem contato com o esporte, basta ver a quantidade de mesas públicas existentes lá. É como analisar um jogo de de futebol entre amadores brasileiros e de qualquer outro lugar do mundo, entre os brasileiros mesmo aqueles que não treinam regularmente sabem jogar, as vezes até muito bem, agora procura no youtube um jogo entre amadores de outro pais pra ver a zona que é.
E ainda temos o fato da china investir pesado nos esportes como pode ser visto nos resultados da última olimpíada. Como exemplo, na época da Olimpíadas de Inverno estava vendo uma partida de curling (esporte que eu nunca tinha visto) e o comentarista estava falando a respeito da seleção feminina chinesa que a menos de uma década nem existia e que em 2009 foi campeã mundial sobre uma seleção tradicional da europa.

Eu também não gosto muito do jogo chinês e acho que se a federação chinesa quisesse, entre os top 50 teriam uns 30 chineses no mínimo.

Hoje voluntário-motivador na Escola Da Família da Secretária da Educação-SP em Itaquera-Capital-SP, já consegui fazer boas mudanças no ping-pong que hoje é tênis de mesas, más é algo que necessita de muito jogo de cintura, paciência e persistência, é um trabalho de conquista e transformação ESPORTIVA e principalmente SOCIAL, para depois, convencer aqueles que comandam, dirigem o lugar a obter melhores materiais. Meu material é muito simples, mas são raquetes infelizmente (kit’s Extra-Carrefour), como já li em criticas em tópicos deste site, todas com borracha e bolas de treinos (shild-dhs) e umas do Carrefour chamada TOP que por incrível que pareça agüentam muitas pancadas, as mais baratas é claro, ±(6 x R$ 5,00) apenas para um simples inicio dos praticantes, mas sempre orientando aos que praticam não criarem vícios, seguirem as regras, a disciplina, fazer a obtenção de material de melhor qualidade, quando tiverem condições financeira, e também passo a todos que possuem e-mail, tudo que se refere ao tênis de mesa, sites de federações, vídeos, fóruns, noticias e lojas que trabalham com material de tênis de mesa, é o mínimo que posso fazer por esse esporte, fico imaginando quando poder fazer o Máximo.

OBS: Primeiro trabalho pessoas cidadãs e depois atletas se possível for.

ACREDITO QUE: Antes de vencermos a CHINA, Precisamos vencer a nós mesmo Tênis de Mesa-BRASIL, com ações, atitudes, idéias novas, criatividades, humildade, abertura, socialização do esporte, garra e fé no que acredita, afirmo: que já vejo muito sendo feito, más ainda é pouco diante de outros países.

Por favor , não vão rir… Mas acredito que o TM têm a cara do brasileiro.Nó ainda não encontramos o “jeito brasileiro” de jogar o TM.Quando houver uma massificação , quando tivermos mais participantes , vai aparecer o nosso TM.Como aconteceu com o futebol à décadas atrás , com o volei…Eu acredito no TM brasileiro. Com relação ao que foi dito acima , tudo têm muito fundamento.

Amigao!!! concordo com vc… Quem sabe não contratamos um treinador Chines?

Já que vc tocou no ponto!! É um começo. O mundo contrata técnicos brasileiros para o futebol , e em muitos casos com êxito.O caso do Japão , que já deixou de ser um futebol fraco.Bobeie e veja se os caras não ganham de nós!Têm que jogar sérios com eles… Técnicos chinêses. Pode ser mesmo.

Já tivemos o Wei que ficou na seleção por um bom tempo e fez um bom trabalho (até onde sei)…

Hj estamos com o francês Jean René com coordenação do Lincon Yasuda…
Não tenho como julgar o trabalho dele (e nem é meu propósito) até pq está a pouquíssimo tempo na seleção, mas sem dúvida é um passo pra minimizarmos a distância com o nível dos europeus, pra quem sabe um dia, chegarmos na chinesada…

Se derem ao Jean estrutura e recursos, tenho certeza que evoluiremos bastante.
“Uma andorinha só não faz verão”… O técnico é apenas mais uma peça neste nosso quebra-cabeça.

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Temos que trazer um tecnico chines que estivesse insatisfeito com eles, para poder entregar para nós as malicias, os macetes, o gingado, voces acham que o Zico passou todos os macetes dos brasileiros no futebol? pois do contrario ficariamos na mesma… Apesar eu ser chines, nascido na terrinha, sou absolutamente CARIOCA BRASILEIROOOOO!!! Entao teriamos que trazer um vira casaca!!! sacou???

Deve ter não só técnico insatisfeito , mas muuuiito atleta prá lá de insatisfeito , caras ótimos que nunca terão uma chance real lá. Imagine só a concorrência!! A questão é trazer caras assim prá cá.É uma hipótese.Pode funcionar ou não.Mas que precisa fazer alguma imediatamente…isso precisa.Principalmente na nossa direção lá no Rio.

não deve ser muito dificil traze-los, o dificil deve ser mante-los, do contrario eles abririam uma pastelaria e ai seria um desperdicio…
Em Singapura, tem varios jogadores chineses, tbm nao seria uma outra opcao? Traze-los para jogar em nosso favor!!! :slight_smile: Eu mesmo nao gosto da minha ideia, mas é uma!!!

tem outro tecnico anterior ao wei, o lee que está em santo andre q se nao me engano foi campeao asiatico como jogador, jogador também temos um o duan q se nao me engano de novo foi campeao militar chines, mas o problema nao eh macete, o duan msm acabou descendo de nivel qdo veio pro brasil, tinha pouca gente com nivel pra treinar com ele

Já que eh assim, vamos mandar um pouco de brasileirinhos para a China e deixa-los treinando …

tb tem um monte de brasileiro que vai pra china treinar, mas normalmente fazem intercambios mais curtos, mas acho q nao tem 1 brasileiro q aguentaria ficar treinando la indefinitivamente

Eu não sou contra trazer técnicos chineses, mas acredito que é melhor levar 10 técnicos brasileiros p/ estudar TM na Europa e Ásia do que trazer 5 técnicos chineses. Além disto, esses técnicos poderiam disponibilizar esse conhecimento (traduzir livros para português, reproduzir dvds, etc).

Nem todas as coisas que são feitas no exterior funcionariam aqui, e acredito que os técnicos brasileiros que conhecem a realidade aqui e tenham acesso ao conhecimento do exterior poderiam ajudar bastante.

Penso que não precisamos de técnicos somente com conhecimento de técnicas, preparo físico, preparo psicológico, mas que consigam trazer informações administrativas também (copiar modelos de ligas, torneios, seletivas).

Um técnico com muito conhecimento p/ formar um atleta independente da idade não vai chegar muito longe se o sistema de competições não ajudar, se ele não tiver recursos humanos e materiais pra isso, etc.

É fácil até citar o exemplo dentro do Brasil. A diversidade de eventos que SP possui é uma ótima oportunidade pra quem deseja melhorar seu nível mesmo treinando menos. A China é muito forte em tudo, do momento em que separam as crianças nas atividades até o alto nível por trabalharem em todos os campos, inclusive no administrativo, que muita gente odeia rs…

Assim como em outros esportes, ginástica olímpica, por exemplo, trazer técnicos estrangeiros funciona quando o atleta é treinado desde a base.
Temos resultados positivos nesses esportes, com o Brasil inclusive ganhando medalhas a nível mundial (vide Dayane dos Santos).
Eu penso que seria um investimento a longo prazo trazer técnicos chineses que pudessem treinar garotos(as) desde os 8/10 anos.
Em 5 ou 6 anos já teríamos equipe fortíssimas com uma diversidade grande de atletas competitivos.
Mandar pra fora só beneficia poucos e acaba não surtindo o efeito desejado.

Uma vez ouvi esta estória: de que um especialista foi trazido da França para o Chile para ensinar a fazer um vinho como o frances. Fizeram tudo que ele disse, e quando estava tudo pronto ele finalmente avisou: agora é só esperar 200 anos até que as videiras alcancem a maturidade necessária.

Ora, prá mim, o principal fator para o sucesso da China é o colossal conhecimento do esporte que se concentra por lá, compartilhado entre centenas, talvez milhares, de atores (to falando da elite, claro). Cada geração é grande porque se apóia no ombro de gigantes.

Como vamos preparar a videira para dar bom vinho daqui a 200 anos? Muito foi dito de certo, mas eu concordo especialmente com o Jornalista:

  1. Organizacao tem que vir em primeiro lugar.
  2. Organizado o galinheiro, a gerencia tem que se preocupar em formar tecnicos, e nao em formar atletas. É única forma de maximizar o retorno de qualquer investimento.

No mundo livre (e isso nos diferencia da China), o atleta de ponta tem assumir a responsabilidade maior pelo seu próprio desenvolvimento. (Leia o livro do Schlager sobre esta tese.) . Logico, ele ainda precisa de bons técnicos e preparadores de aptidoes especificas. Mas o grande salto para o topo só pode vir de dentro.

[quote=“j0rnal1sta”:3us729qw]Penso que não precisamos de técnicos somente com conhecimento de técnicas, preparo físico, preparo psicológico, mas que consigam trazer informações administrativas também (copiar modelos de ligas, torneios, seletivas).

A China é muito forte em tudo, do momento em que separam as crianças nas atividades até o alto nível por trabalharem em todos os campos, inclusive no administrativo, que muita gente odeia rs…[/quote]
Muito bem lembrado. Esta estrutura administrativa toda e, principalmente, gente competente para conduzí-la, fazem toda a diferença em qualquer atividade, não apenas no esporte. Isto vale para o macro (confederação e federações), mas muito tb para o micro (clubes).
Às vezes, nós olhamos para os nossos ídolos e seus feitos e pensamos que eles são seres especiais que conseguem proezas sobrehumanas. Sim, eles têm habilidades especiais e por isso são melhores que muitos outros, mas o que permitiu a eles realizar todo este potencial não foram apenas técnicos, preparadores físicos, dedicação, etc. Tb foi o trabalho de gente que planejou a sua temporada de forma com que ele consiga se preparar adequadamente e estrategicamente, gente que providenciou suas estadias, transportes, roupas, materiais (melhores ou piores), gente que controlou este orçamento para ter custos eficientes (e assim fazer valer cada centavo gasto, atraindo mais investimento ou fazendo o projeto caber no orçamento), enfim… uma equipe (ainda que reduzida, que seja) que lhe deu a oportunidade de se preocupar só com uma coisa: ser o melhor mesatenista que ele pode ser. Estabelecendo um paralelo, é pelo mesmo motivo que as grandes empresas dão benefícios CAROS como um bom plano de saúde. Se o seu profissional trabalha preocupado com os filhos que não têm um atendimento médico adequado quando estiverem doentes, vc vai obter dele só o mínimo, daí para baixo.
E voltando à nossa esfera, infelizmente o nosso esporte é de característica amadora, e sendo assim, a maioria dos atletas e técnicos o têm como o plano B (ou com outras atividades de complemento de renda). Isto acontece no mundo todo, não apenas no Brasil, e com incontáveis modalidades esportivas tb. Seria muita presunção achar que somos os únicos injustiçados do mundo. Se isso um dia vai mudar? Não sei, só acho que o primeiro passo é as pessoas se darem conta que o esporte existe e é profissional, depois começarem a gostar, depois trazerem amigos, aí formar um perfil de mercado atraente, gerando interesse empresarial, aí começa a entrar dinheiro privado e aí aumentam as possibilidades de criar a estrutura que descrevi acima. Por isso a “massificação” tão falada por aí é importante. Mas tudo isso são sonhos e como tenho os dois pés em total contato com o chão, faço minha parte, mas sinceramente não acredito que boa parte do mundo chegue lá.

Abraços!

O dia que eu ganhar na mega sena, contruirei um CT de nivel internacional com tecnicos chineses…

::aplausos:: ::aplausos:: ::aplausos::

[ ] Chan ::segredo::