Concordo em gênero, número e “degrau”. O pessoal das TVs chinesas parecem mais é que estão transmitindo um Mundial de Xadrez.
Os narradores e comentaristas chineses falam muito durante os pontos e com certeza não estão falando apenas da última jogada. Falam de tudo, até do jogo que estão narrando
.
As narrações da TV chinesa parecem com as de Futebol Americano nos Estados Unidos. Os Simpsons até brincaram com isso num episódio, onde os narradores passam duas horas passando estatísticas (e americano é exageradamente completo nisso), conversando, brincando e de repente: Touchdown para o Giants! (Lembram-se que tem um jogo lá em baixo).
Mas precisamos ter em mente que o tênis de mesa, assim como o tênis de quadra, entre outros, não é um esporte muito “narrável”. Normalmente comenta-se o ponto ao final da jogada. Seria até chato se o narrador começasse com um: Joo Se Hyuk saca longo e prepara-se para defender, kata uma, kata duas, kata três, kata quatro, meus Deus! É uma muralha!
Durante um ponto mais longo até pode haver alguma intervenção, mas falar toda hora atrapalharia.
Outro inconveniente do tênis de mesa é que os pontos são absurdamente rápidos, quase não existe intervalo entre os pontos e as jogadas, na sua essências, são quase as mesmas durante todo o jogo.
Eu adorava quando Marcos Yamada comentava os jogos na ESPN Brasil. Ele dedicava-se muito mais a nos entreter com comentários sobre o jogadores, outros detalhes do tênis de mesa do que necessariamente com o lado técnico da partida, mas não deixava de fazer isso muito bem.
Acho legal escutar o barulho da bolha, as freadas do tênis, as vibrações. O jogo por si fala bem mais que o narrador.
Abraços,
Mazinho