Não estamos seguros... :(

São Paulo, 30 de outubro de 2006 – “Podemos roubar uma base de dados em cinco segundos”. Foi essa frase que resumiu o “No cOM Name”, uma convenção de hackers que aconteceu na semana passada, em Palma de Mallorca, na Espanha. Segundo os experts, atualmente, roubar milhares de dados pessoais ou penetrar em sistemas bancários, militares e corporativos é “brincadeira de criança”.
Os autores da frase que inicia esta notícia são dos hackers argentinos César Cerrudo e Esteban Martinez. Segundo eles, é possível roubar dados com essa rapidez “porque a maioria das redes não conta com proteções adequadas”. Cerrudo e Martinez afirmaram que no último ano, 53 milhões de pessoas viram seus dados comprometidos no mundo, a maioria armazenados em grandes companhias. “Há mais caso do tipo que não são divulgados, porque apenas as empresas no EUA têm a obrigação legal de denunciá-los”, asseguram.
Os argentinos afirmaram a descoberta de mais de 100 “buracos” em soluções populares de base de dados da Oracle. “Isto significa que, mesmo que você tenha seu servidor bem configurado e com as atualizações de segurança em dia, continua sendo vulnerável por meio de muitas técnicas, que permitem roubar um banco de dados em questão de minutos remotamente”. Para comprovar seus pontos, a dupla explicou e demonstrou as brechas.
Mais de 100 crackers participaram do evento – a maioria empregada nas principais consultorias de segurança independentes da Espanha. O hacker italiano Raoul Chiesa, por exemplo, é um expert em redes X25, usadas por grandes companhias, operadoras e governos, quando a Internet ainda nem mesmo existia. “Todo mundo se esqueceu dos velhos acessos a redes e não lhe dedicaram nenhuma segurança. São portas totalmente desprotegidas, que permitem acesso as principais redes de grandes empresas”, diz. “Há uma centena de redes X25 funcionando pelo mundo, transportando informações e que são facilmente interceptáveis e com poucas possibilidades de descobertas por parte das empresas. Ou seja, transferências bancárias, informações e dados governamentais, militares e corporativos podem ser facilmente roubados”.

fonte: http://wnews.uol.com.br