Agradeço a todos pelos elogios e congratulações.
Realmente joguei muito bem lá em Salvador. Tão importante quanto ganhar de Daniel Silva (Ulbra/TO) foi ter jogado tão bem contra Olímpio (Ulbra/TO) e Mário Costa (ANL/AM), dois adversários fortíssimos e muito superiores tecnicamente.
Quem assistiu ao meu jogo contra Daniel percebeu que foi uma partida horrorosa, pois meu adversário estava muito inseguro e errou muitas bolas bobas, principalmente no 1º e 5º sets. Sem querer parecer arrogante, posso até dizer que não joguei um “partidão”. Joguei a minha bolinha de sempre, mas como Daniel estava num péssimo dia, acabei ganhando.
Contra Mário e Olímpio a coisa foi bem diferente. Contra Mário eu comecei perdendo fácil, mas a partir do 3º set o jogo ficou bem disputado e joguei muitíssimo bem. Uma curiosidade: no início do 4º set eu defendi uma bola quase impossível (para o meu nível) e precisei fazer um “malabarismo” tão grande que o meu tênis (que não era nenhuma Brastemp) rasgou completamente. Tive que trocar de tênis no meio do jogo e apesar de ter quebrado um pouco o meu ritmo, isso não me atrapalhou.
Meu melhor jogo do campeonato foi contra Olímpio na semifinal. Acho que perdi o jogo no 1º Set, onde abri 10-07, mas acabei perdendo por 10-12. Olímpio não estava recebendo bem o meu saque, o que me deixou bastante a vontade para atacar. Acertei tudo até o final do set, foi quando, errei uma bola boba (bem alta) e a confiança “foi-se”. Acabei tomando uma postura mais defensiva e o meu adversário começou a acertar até pensamento. Nos sets seguintes a confiança voltou e até contra-ataque de forehand eu estava acertando (para quem não me conhece, meu atacar de forehand é medíocre, ao passo que meu backhand é muito bom (para o nível nordestino)). Foi um jogo muito bom de se jogar e de se assistir. Também fiquei feliz neste jogo por não ter perdido a paciência após várias provocações de Olímpio, onde em diversas oportunidades ele comemorava os pontos de forma arrogante e ríspida, encarando-me e cerrando o punho em minha direção. Algo bastante deselegante para um atleta do seu porte e completamente desnecessário. Ele poderia berrar a vontade, como eu fiz, mas não na direção do adversário. ::negativo::
Como já foi comentado, eu já estava feliz da vida por ter saído de chave e chegar às semifinais foi uma felicidade gigantesca. Quem conversou comigo percebeu que nem eu acreditava que estava nas semifinais. Vejam quem eram os semifinalistas: Mário Costa, Roberto de Deus, Olímpio Silva e… MAZINHO ::interrogacao:: Peraí… Num pode ser… Tinha muito jogador bom naquele Rating A… Só para citar: Rivalino, Neder, Cantarelli, Lucas, Molitor…
O que não vou esquecer tão cedo foram as atitudes de alguns técnicos e jogadores que DURANTE OS SEUS JOGOS me incentivavam. Em várias oportunidades, quando eu ia pegar a bola perto do aparador ou nos intervalos dos sets, técnicos que acompanhavam outros atletas em outras mesas se viravam em minha direção e, por exemplo, falavam “Vamo Mazinho! Ganhar, hein!”. Atletas que estavam jogando também me incentivavam! Nos intervalos dos pontos ou sets chegavam a acompanhar os meus jogos e torcer como se estivessem na arquibancada. Para vocês terem uma idéia, depois do meu jogo contra Daniel até um árbitro foi me parabenizar. É uma sensação fantástica jogar com tanta gente torcendo por você!
Pra muita gente essa pode parecer uma conquista tola, mas para “o Mazinho” valeu muito, muito mesmo. ::aplausos::
Bem, já escrevi demais! Porém eu precisava desabafar um pouco.
Abraços,
Mazinho