Acredito que todos aqueles que fazem parte dessa comunidade maziniana fiquem com um certo sentimento de “agora vai” quando temos noticias de uma boa conquista brazuca. Aquele no na garganta querendo desatar e gritar pra todo mundo:
-Esse e o esporte que eu pratico! Ele e o melhor do mundo! Ele e simplesmente o Maximo! Pratique você também!
Não muito no fundo, e exatamente isso que realmente procuramos: Gostaríamos que o Tênis de Mesa fosse o esporte numero um do pais ou, senão, o numero três ou quatro, porem com todo o glamour de um esporte de elite.
Elite. Esse e o merecido podium que merecemos. Nos dedicamos, compramos os mais avançados materiais, compramos e inventamos colas, discutimos e fazemos excelentes livros sobre técnicas e táticas (“Aprendendo o tênis de mesa brincando” do Fran e do Marles e uma leitura indispensável para qualquer um que goste do TM). Temos uma revista que da show em materias técnicas, temos um biótipo perfeito. Somos o terceiro esporte nacional segundo o Atlas, temos um cara que a oito anos da um primeiro saque que ninguém pega…mas não temos projeção nacional.
Tive vontade de escrever esse amontoado de coisas ao ler, hoje, o editorial da “Table Tennis Player”, que mais uma vez fala da esperança de um fortalecimento do nosso esporte.
Numa primeira critica construtiva, não da pra massificar tendo a única (e ótima) revista do gereno com titulo em inglês. Massificação, 12 milhões de consumidores e Table Tennis Player não combinam.
Numa segunda critica, precisamos colocar os astros acima dos materiais técnicos. Quem sabe a marca da sola do tênis do Jordan? Quem sabe o material do protetor auricular do Senna? Quem sabe a espessura da tornozeleira do Robinho? E claro que, para nos fanáticos isso e bastante importante, mas em um nível “alem esporte”. Acho que muito falamos sobre materiais – borrachas, madeiras, colas, pinos, tecidos, pisos, mesas, esponjas – e pouco falamos em Jordans, Sennas e Robinhos. PRECISAMOS URGENTEMENTE CRIAR ASTROS.
Terceira: Precisamos mostrar a plástica do jogo. Gols de bicicleta, olés, bloqueios triplos, enterradas, tocos. Precisamos mostrar o delírio que e um drive a quatro metros da mesa.
Quarta: Organização. Sabem porque os campeonatos menores não começam muito cedo? Porque os organizadores precisam vender o yakissoba ou o cachorro quente do almoço pra pagarem os custos e sobrar um pouco pra comprar uma mesa e duas redinhas. Essa e a realidade.
Ninguém, em sa consciência, agüenta ficar dentro de um ginásio do começo ao fim de uma competição, dentre muitos motivos pela imensa bagunça que e um dia de competição de TM. Os resultados acabam saindo porque tem uma forca positiva muito grande que nos protege, mais e coisa do outro mundo. Coloque um leigo as nove da manha e peca pra ele ficar ate as onze. Ele te bate meia hora depois e vai embora.
Gostaria de escrever mais, mas já esta grande.