Hoje o Hugo Calderano deu um passeio no Timo Boll
Quando alguém tiver o vídeo, poste aqui…
Deve fazer um ano,um ano e meio em que comentei q Hugo se tornaria um top 20 em 3 anos…esta seguindo bem sua caminhada para o feito…vai lá garoto!!!backzao em todos!!!q coiçada!!!
Acabei de ver pela segunda vez rsrsrsr
Após ver o jogo, me lembrei de quando o Calderano venceu Saive no Mundialito de Santos. Eu estava sentado próximo aos pais de um atleta brasileiro que joga no exterior e a mãe dele perguntou: “quem é aquele garoto que está jogando com o Saive?”, eu me intrometi e disse é Hugo Calderano, joga muito bem!, então o pai do atleta que estava ao lado falou: “é mais aí não dá pra ele não. É Saive!”. Logo depois eu levantei e disse: “pelo menos já tirou o primeiro set”. O resto, não precisa nem contar. Valeu Mazinho. Saber que aconteceu já é bom. Ver como aconteceu, melhor ainda!
Faço das suas as minhas palavras Antônio (até pq deve se lembrar que eu estava com vc - e o Mazinho, o Caio e o Ernani - nesta oportunidade em Santos hahahahaha).
Esta atitude e julgamento são, de fato, o câncer do tênis de mesa brasileiro, sobretudo por serem geralmente a regra, e não a exceção. Não ouvi (ainda bem) estas palavras ali naquele momento, mas ouço / leio quase que diariamente o mesmo tipo de discurso por aí. E lamento. Acredito que seja igualmente inútil projetar um futuro brilhante com base em uma vitória (qualquer que seja) e “declarar óbito sem ter corpo”. Eu acredito em deixar as pessoas trabalharem, e este trabalho sim vai dizer o que tudo significou de verdade. E o trabalho do Hugo vem de muito antes desta vitória contra o Timo Boll, muito antes da medalha em Nanjing, muito antes do título no Aberto do Japão, muito antes desta vitória contra o Jean Michel Saive, e muito antes do que veio antes. Acontece que o Hugo há muito vem provando (embora nem precisaria) que isso tudo é um processo sustentável e em evolução, e aí é que estas vitórias crescentes vêm a comprovar a efetividade de todo o esforço. E apesar de lamentar, eu entendo que um iniciante, ou apenas um torcedor apaixonado não entendam isso e apenas joguem amendoim no palco, mas não de quem esteja minimamente envolvido no meio. Mas sabemos que ainda há muita gente que duvida. A boa notícia é que não faz a mínima diferença.
Enfim, ninguém é feito de uma vitória e nem de uma derrota. Temos todo o direito de comemorar muuuuuuuuuuito tudo isso, porque é de fato um momento notável da nossa história. E inclusive, aproveito o momento para lembrar da história das nossas outras grandes estrelas do presente / passado recente (as vitórias do Thiago Monteiro sobre Ryu Seung Min - duas vezes - e Kalinikos Kreanga, do Hugo Hoyama sobre Kong Linghui, entre tantas outras), que muitas vezes ficam esquecidas e as pessoas que vão ingressando ao esporte precisam saber disso para respeitar o tênis de mesa brasileiro. Mas que não coloquemos todas as nossas expectativas com base em uma vitória, e especialmente a nossa cobrança, pois as pessoas costumam ser muito boas para fazer isso. O Hugo (bem como o Gustavo Tsuboi, Cazuo Matsumoto, Vitor Ishiy, Eric Jouti, etc.) merece e está trabalhando muito para nos colocar na elite do tênis de mesa mundial, mas o futuro é uma estrada cheia de bifurcações e o ÚNICO papel de quem realmente gosta de tênis de mesa neste processo é apoiar, e muito. Quem não quiser, tem muitos outros esportes bem melhor amparados para seguir.
Parabéns a todos os envolvidos nesta TRAJETÓRIA: a toda a família do Hugo (que tenho a honra de conhecer), todos os seus técnicos durante todos estes anos (especialmente ao Paco e ao Jean René) e ao Ochsenhausen que acreditou no potencial dele e o coloca à disposição dos olhos do mundo.
Abraços!!!
Mais de 10.000 visualizações em menos de 48h :blink:
O Brasil precisava de um idolo pra alavancar o Tenis de Mesa nacional ! Este idolo já é uma realidade: Hugo Calderano !
Pessoal, só queria dar minha opinião mesmo. Sou mesmo iniciante e sou mais um admirador desse maravilhoso esporte do que um excelente jogador. Fico triste ao ver, bem como Adriano disse (e de jeito nenhum discordando dele) que precisemos de herói nesse lindo esporte que é o Tênis de Mesa. Espero profundamente que Calderano não seja um caso isolado (como foi Guga no Tênis Brasileiro e outras maravilhosas gerações como a Suécia no Tênis de Mesa e a União Soviética no Hóquei), senão estaremos perdendo uma boa oportunidade de desenvolver esportes em nosso país, e de a longo prazo conseguir medalhas em uma Olimpíada. Torçamos para que haja continuidade, como o caso de Ovtcharov e Boll, e como os chineses bem sabem fazer.
Grato,
Diogo Silva.
Eu não poderia estar mais de acordo com vc Diogo.
Tenho meus ídolos, e justamente por conhecer a história deles e até mesmo ter alguma proximidade de alguns deles, tenho minhas exceções de fã. Mas acima de tudo, meu amor incondicional é dedicado ao esporte por si só. Se isso não bastar, nada mais vai.
E está mais do que provado pelas experiências que vc citou e tantas outras que ídolos sim ajudam, mas não levam o esporte adiante apenas com a sua influência, e nem têm isso por obrigação. Isso se agrava ainda mais num país que não respeita a história de um atleta. Veja o caso do Guga, quem lembra de toda a importância dele para o tênis, do que ele fez? Olhe só para o Rubens Barrichello: o cara é conceituado lá fora, e motivo de piada no Brasil. E mesmo no NOSSO esporte, pela NOSSA gente, o mesmo acontece.
Eu espero e acredito que alguns vão se inspirar na trajetória do Hugo, mas o que muda a história do esporte é trabalho sério. Olhe só para o nosso vôlei: tivemos gerações de ídolos nacionais, eles se foram, mas o legado foi continuado por um trabalho profissional. Hoje estamos mais próximos disso que nunca, mas ainda falta muito. E justamente por amar ao esporte acima de tudo, prefiro acreditar que estamos a caminho.
A vitória do Hugo foi incrível e devemos celebrá-la, mas não esquecer de que a estrada continua, e não colocar responsabilidade demais sobre o Hugo. Deixem-o trabalhar e coisas incríveis podem vir.
Abraços!!!
Estava lendo hoje a entrevista do Carsughi, e um ponto dela vem bem a calhar neste momento:
http://esporte.uol.com.br/ultimas-noticias/2014/10/24/carsughi-diz-que-globo-prejudica-novos-pilotos-e-jeito-senna-o-incomodava.htm
O foco naturalmente é mais formula-1, mas dois trechos abaixo me chamaram a atenção:
"(…)Fora de série, nasce de vez em quando. O tênis feminino nunca existiu no Brasil e surgiu um fenômeno como Maria Esther Bueno. Escola de piloto não existe. Se exisitir, ela dá bons pilotos, nota 7. Não dá gênios em série. Se fosse assim, a Alemanha não teria esperado tanto para ter um Schumacher. A Itália espera desde os anos 1950 o sucessor de Ascari. Quanto tempo a Inglaterra esperou para ter o Hamilton? (…)
O legal é aproveitar este momento , torcer para a continuidade do desenvolvimento dele, pois tem um potecial maravilhoso e esta numa ótima liga para este crescimento!
E não podemos esquecer que também temos o Cazo e o Tsuboi no top 100, se o Thiago Monteiro, não tivesse os problemas de lesão poderia estar junto também,
É bom acompanharmos a também visão vendida dos grandes meios de mídia, principlamente que estamos perto de olimpíadas.
“(…)O problema do Brasil é que não se admite o bom. Ou é o melhor do mundo ou é o pior do mundo. Por que não pode ser bom? Quantas vezes anunciaram o novo Pelé? Nunca vai ter um novo Pelé.(…)”
Isto vale para todos os esportes, é importante ter idolos para o incentivo, mas o mais importante é fazer do esporte uma atividade prazerosa e que de acesso a pratica, seja em clubes ou em espaços públicos, as provas de corrida de rua hoje talvez sejam o exemplo mais próximo disto.
Abraços!