Ficamos desabrigados em Juiz de Fora/MG

O tópico é apenas um desabafo, um lamento.

Juiz de Fora já não tinha tradição no tênis de mesa; e, numa cidade de quase 600.000 habitantes, somente havia um local de treino - Clube Sírio-Libanês -, pois é, nesse mesmo local, cheguei para treinar/bater uma bolinha, hj, quando todas as 4 mesas estavam “jogadas” num quartinho de despejo, e o nosso local de treino abrigava numerosas cadeiras que serviram para uma palestra ou coisa que valha a isso.
Sem sabermos o que ocorrera, eu e os colegas obtivemos, depois, a informação que não mais haveria a cessão do local para os nossos treinamentos, ou seja: estávamos despejados.
O incrível é que o momento vivido era bom, estávamos captando novos praticantes; o Alexandre Ank, que coordenava o nosso grupo, fora selecionado para a ParaOlimpíadas em Pequim, mas nada disso adiantou.
O jeito é partir para um novo local, com custos talvez maiores, mas o que vale é a união dos, ora, poucos praticantes e a sua insuperável vontade de jogar.

Aqui na Bahia aconteceu exatamente desta forma. Treinávamos na Tribuna de Honra do Estádio da Fonte Nova. Da noite para o dia, as divisórias da sala foram retiradas e fomos informados de que naquele espaço seria criado o “Memorial da Fonte Nova”. Poucas semanas depois, ocorreu o trágico acidente nas arquibancadas. Agora acho que vão demolir todo o estádio.

Cara que sacanagem eim, mas infelizmente é a nossa realidade, o tenis de mesa não dá lucro pros clubes, por isto todos querem sumir logo com quem se atreve a praticar, aqui em uberaba treinavamos no sesc, eles faziam de tudo pra gente não jogar lá, usavam os artificios mais variados como colocar um aparelho de videokê com caixas de som enormes ao lado da mesa, depois colocaram a mesa em um corredor onde passa gente toda hora, depois que a mesa quebrou não colocaram uma nova e por ai vai. Felizmente um amigo nosso cansado de tanto descaso resolveu colocar as mesas dele no galpão da marcenaria, dele o que nos deu uma ótima condição para jogar.

Prezado Ricardo e demais,

    realmente estas situações nos deixam, além de desmotivados, revoltados com a falta de respeito em relação ao nosso amado esporte. Mas vou alertar para uma coisa interessante: o que todos devem se perguntar, é o que estão fazendo pra evitar que coisas como essa deixem de acontecer - reclamar somente não vai dar em nada. 

Vou dar um exemplo que aconteceu com minha equipe. No clube onde treinamos, há um poli onde ficam as 4 mesas. Geralmente esse espaço é utilizado pra eventos como formaturas, shows etc. Encurtando a história: frequentemente éramos obrigados a ficar sem jogar por dois dias, pois no primeiro a ornamentação estava sendo montada, no segundo, desmontada. Mas nós nos reunimos e entramos em contato com a Diretoria, explicando nossas reivindicações.

Então o clube disponibilizou um outro espaço, onde foi colocada uma mesa. Quando o poli está sendo usado, ao menos não ficamos sem treinar. É claro que não é tão adequado quanto o primeiro, com relação à iluminação, piso etc - e ainda há muito o que melhorar (como vc disse, sobre os cuidados com as mesas) - mas o que quero dizer com isso tudo, é que se vcs se reunirem e lutarem por seus direitos, ao menos as coisas vão tomando um caminho para uma possível solução. Desde que nós “demos o grito”, o tênis de mesa está tendo outro reconhecimento.

Estamos perto de vcs, em Lafaiete, apareçam quando quiserem pra batermos uma bolinha.

Um abraço,

Saliba

olá,

Aqui no clube Uceg em Guaruhos também não tá fácil, treinamos de 4a. 5a. e 6a. no salão social e em algumas ocasiões ficamos sem treino porque vai haver algum evento, fora quando treinam dança de salão a turma passa talco no chão, aí já viu né? Treinamos com mesas e cadeiras de festas atrapalhando…
Desde q comecei a treinar há 3 anos estão prometendo um ginásio só para a turma do TM, disseram q este ano vai sair, mas tenho lá minhas dúvidas, o clube tá quase falido…

[quote=“ricardofernandes”:3avz44z9]O tópico é apenas um desabafo, um lamento.

Juiz de Fora já não tinha tradição no tênis de mesa; e, numa cidade de quase 600.000 habitantes, somente havia um local de treino - Clube Sírio-Libanês -, pois é, nesse mesmo local, cheguei para treinar/bater uma bolinha, hj, quando todas as 4 mesas estavam “jogadas” num quartinho de despejo, e o nosso local de treino abrigava numerosas cadeiras que serviram para uma palestra ou coisa que valha a isso.
Sem sabermos o que ocorrera, eu e os colegas obtivemos, depois, a informação que não mais haveria a cessão do local para os nossos treinamentos, ou seja: estávamos despejados.
O incrível é que o momento vivido era bom, estávamos captando novos praticantes; o Alexandre Ank, que coordenava o nosso grupo, fora selecionado para a ParaOlimpíadas em Pequim, mas nada disso adiantou.
O jeito é partir para um novo local, com custos talvez maiores, mas o que vale é a união dos, ora, poucos praticantes e a sua insuperável vontade de jogar.[/quote]

É extremamente lamentável, tive o prazer de disputar aí no Sírio e Libanês os Jogos Jurídicos do Estado do RJ em 2006 e fui vice campeão pela UFRJ, e as instalações eram muito boas, aquela mesa principal tinha espaço para grandes drives e com certeza esse acontecimento é bastante desmotivante, mas tenho certeza que o pessoal de Juiz de Fora, que tão bem nos acolheu sempre que jogamos por aí dará a volta por cima e conseguirão um lugar ainda melhor.

A todos que manifestaram a sua solidariedade, os nossos mais sinceros agradecimentos. E, como crise está sempre ligada à oportunidade, esta nos sorriu. Houve um contato de um grande clube local que, além de ceder espaço, está disposto a investir no Tênis de Mesa, inclusive patrocinando o nosso mesatenista principal - Alexandre Ank.

Quanto ao espaço, treinávamos numa área que mal comportava as nossas 4 mesas; agora, se quisermos podemos cerca de 10, dentro dos padrões requeridos pela CBTM para Centros de Treinamento.

Dessa forma, creio que, a partir da próxima 2ª feira, retornaremos aos treinos, já no novo local: Tupynambás Futebol Clube.

Abraços

Ricardo,

    conhece a história da vaquinha, do mestre e do discípulo? Pois é, talvez alguém empurrou a vaquinha de vcs no abismo, pra conseguirem um lugar melhor. Então vcs tinham mesmo que passar por isso...

Agradeça a quem lhes tirou o direito de jogar. Na verdade o que fizeram foi dar a vcs um lugar melhor, melhores condições, e quem sabe até algo ainda maior.

Ficamos felizes com a boa notícia. Vamos marcar em breve um bate-bola.

Um abraço,

Saliba