Caros amigos do site;
Para dar embasamento técnico a esta discussão volto a escrever neste tópico, pois ontem, lendo o ótimo livro “Tênis de Mesa”, que adquiri a pouco tempo, encontrei o seguinte relato técnico com relação às mudanças de regras e bolas, que cito a seguir:
…“O número médio de movimentos por ponto não mudou muito, uma
vez que esse estudo é referente ao sistema de jogo anterior a mudanças de regra. Uma grande porcentagem de pontos ainda é definida em “terceira” e “quinta bola”.
Já Chunhwei et aI. (1982) apud Drianovski e Otcheva, 2002 mostraram
que o número médio de movimentos variava de 302 a 1.246 movimentos em três sets, com uma freqüência de 0.26 a 0.69 movimentos por segundo. Pela estrutura do jogo anterior à mudança de regra - sets de 21 pontos, disputados em melhores de 3 ou 5 sets - tem-se esse intervalo médio de movimentos.
Como a estrutura da disputa de ponto não se alterou muito (definição
do ponto em poucas bolas), em um torneio internacional que é disputado em partidas de sete sets, com placares com 11 a 9 em cada set, ter-se-ia uma média de 630 movimentos em uma partida, enquadrando-se dentro da média observada anteriormente. Observando todos esses números, pode-se destacar a importância da capacidade motora de resistência de força.
Tang, Mizoguchi e Toyoshima (2002) observaram que a velocidade da
bola de 40mm para a de 38mm diminui apenas de 1% a 2%, e que não há diferença na desaceleração entre elas. O tempo de bola em jogo aumentou de 2% a 4%. Todos esses dados mostram que a estrutura do jogo não se modificou tanto após as alterações de regras, e a sua dinâmica aumentou, com sets mais curtos, enfatizando ainda mais capacidades motoras como velocidade de reação, velocidade
de movimento, orientação espacial, potência e resistência de força.”…
Quero deixar claro que não tenho em nenhum momento pretenção de finalizar a discussão, somente mostrar que baseado em estudos já realizados por pessoas sérias, apesar de nossa opiniões e impressões pessoais, o Tênis de Mesa continua basicamente o mesmo, com pouquíssimas diferenças. Quem quiser ver o texto na íntegra, aconselho a adquirir esta obra, pois é realmente muito boa, e dá embasamento técnico e teórico para todos os níveis de praticantes.
O fragmento de texto descrito acima está no Cap 6, Pg 101, do Livro Tênis de mesa, Autores Marinovic, Iizuka e Nagaoka. PH Editora
Cordialmente;
Adalberto Lima