Duas verdades

Olá
Eu criei duas verdades na minha cabeça, e gostaria de discutir o assunto.
É para iniciantes:

1 - Usar a mesma borracha no fore e backhand
Justificativa: Como o iniciante não tem o tato treinado para diferenças sutis entre as borrachas, e seu instinto não está preparado para, em um décimo de segundo, adequar a força aplicada ao lado em que baterá na bola, levando em conta as diferenças entre as borrachas, é mais fácil para o iniciante ter duas borrachas iguais nos seus primeiros meses de treino com raquetes pro.

2 - Velocidade é a última das metas
Justificativa: É muito importante acertar o alvo primeiramente, pra depois acertá-lo cada vez com maior rapidez. Desta forma, o CONTROLE vem em primeiro lugar, depois o EFEITO, e depois a VELOCIDADE. Desta forma, uma raquete para iniciantes deve priorizar o controle, e em segundo lugar o efeito, e por último a velocidade.

Gostaria da opinião de vocês, pois sou iniciante.

Interessante! Vamos ver onde vai dar essa discussão.

  1. Acho que só vale para as borrachas de controle. Ao experimentar as borrachas mais “tops”, haverá sempre umas características dominantes em detrimento de outras. Como a mecânica do movimento (fore e back) é diferente a borracha mais fácil para o fore pode ser a mais difícil para o back e vice-versa. Ou seja, será necessário aprender dois movimentos diferentes com força, ângulo da raquete e toque diferentes. Tem também o lado da curiosidade, pois utilizar borrachas diferentes lhe dará a chance de testá-las tanto no fore quanto no back.

  2. Concordo, mas tem uma armadilha aí. Após poucos treinos já haverá a ilusão de uma borracha mais rápida facilitar os acertos. Isso ocorre, pois iniciantes tendem a se afastar um pouco da mesa para ganhar mais tempo de reação e, como o movimento ainda é deficiente, as borrachas mais rápidas facilitam. Às vezes, testamos conjuntos rápidos e temos a sensação que a raquete “joga sozinha”. Nessa fase, acho importante suportar a tentação para aprender o correto movimento. Eu, particularmente, quando fico muito tempo sem treinar coloco um conjunto mais lento para forçar o movimento e não ficar só escorando a bola. Entre efeito e velocidade é questão de estilo. Eu dou prioridade ao efeito, mas a grande maioria prefere velocidade.

Vamos ver as outras contribuições.

Principalmente pelos tópicos levantados, acho que esta discussão pode render bons frutos, se bem conduzida e aproveitada. Acho que são as dúvidas que promovem o desenvolvimento, mas por que não falar das supostas “verdades”? hahahahhaahah.

Se tiver uma coisa que está sendo abolida dia após dia do tênis de mesa é o paradigma. De qualquer forma, cada um tem sua concepção do processo de desenvolvimento no esporte, e eu não sou diferente. Sendo assim, em relação às posições apresentadas:

  1. Se vc está começando, a função do material é apenas não atrapalhar, não importa qual seja - muito se discute sobre “qual borracha eu devo usar”, e por muitas oportunidades eu já fui muito criticado por isso, como se eu fosse o autor ou responsável por cada discussão que houvesse nesse site, e isto me entristece. Eu gostaria muito que as pessoas entendessem que a ferramenta tem a única função de apoiar a técnica (em qualquer coisa que se faça na vida), mas tudo o que eu posso fazer é sempre passar esta mensagem, já que não posso garantir que quem leia reflita ou não sobre isso. O que quero dizer é que, se me pedem “qual borracha eu devo usar”, dou recomendações, de acordo com a minha humilde experiência, de materiais que apenas ajudem o iniciante a “ser iniciante”, pois é isso que ele tem que ser. Muita gente acredita que, com um mínimo esforço, o material certo cuida do resto, talvez pq a maioria das pessoas não saboreiam ou não tem paciência para o desenvolvimento, a melhoria contínua, o passo a passo. O pior disso tudo, é que no final, a consequência é a frustração e, em muitos casos, o abandono do esporte, e o intuito deste site é justamente o contrário. Desta forma, eu acho que os únicos requisitos de uma raquete para iniciante é ter comportamento regular e ser MUITO fácil de controlar, independentemente de usar a mesma borracha ou não. E tão importante quanto isso é não trocar esta raquete depois de acertar 3 bolas na mesa.

  2. Não basta fazer da forma certa, é preciso criar o “vício de fazer certo” - o problema seguinte ao “material que faz tudo sozinho” é o “subir degraus cedo demais”. Acertar o alvo é importante, mas é preciso acertar o alvo da forma certa. A primeira coisa que se deve fazer ao treinar fundamentos é cuidar dos movimentos, e não do índice de acertos, pois ele deve ser consequência do “fazer certo”. Para isso, o “fazer certo” deve se tornar uma coisa natural, e muita gente pula esta fase partindo para o próximo passo antes de consolidar o que aprendeu, o que deve ser feito repetindo, repetindo e repetindo. Para isso, tem gente que precisa de mais e gente que precisa de menos tempo, e aqui novamente as pessoas pecam, na impaciência ao transitar diretamente para o próximo passo. O resultado disso é mais frustração, pois se o fundamento correto não for “automatizado”, ao avançar não se terá sucesso no próximo passo e ainda se perderá a regularidade do movimento básico, voltando quase à estaca zero.

O tênis de mesa, em sua natureza, é um esporte sistemático, por isso a necessidade do treinamento é tamanha. As pessoas sentem a necessidade de tirar de si o status de “iniciante”, mas não entendem que isso não é vergonha nenhuma. Na verdade, penso que no esporte (e em qualquer coisa na vida) nós não “somos” nada, e sim “estamos”. Não sou absolutamente nenhuma referência no esporte, mas com muito esforço, desenvolvi uma base mínima de fundamentos no meu começo no esporte, porém em alguns momentos (principalmente devido à minha dedicação irregular ao treinamento por conta de viagens a trabalho) preciso voltar a cuidar de detalhes típicos de iniciantes, e naquele momento, eu “estou” um iniciante, e não tenho nenhum problema quanto a isso (provavelmente porque meu melhor nível técnico não vai muito além disso hahahahahahahahahaha).

Enfim, menos certezas e mais questões é o que norteia minha relação com o esporte. E repito: isso é a MINHA perspectiva!

Abraços!!!

Eu estou de acordo com nosso amigo Alcir.

Claro q é possível q haja uma exceção, mas isso seria coisa de 1% ou menos.

Vamos contar uma historinha pra dar um exemplo.

Eram dois amigos q gostavam de jogar “ping pong”, então resolveram levar a sério e ir treinar tenis de mesa num clube.

Ambos jogavam bem parecido, mas sem técnica refinada, tinham um NÍVEL 5.

Entao um deles pega uma raquete allwood allround e borrachas nao tensionadas, mas tudo “equipamento de qualidade”, o outro pega igual ao do seu ídolo, pois ele quer jogar igual, entao ele pega uma madeira carbonada e borrachas tensionadas igual ao ídolo q é campeão mundial.

Entao começam a treinar, iam sempre juntos e treinavam tudo oq era passado, mas parece q para o amigo q tinha a raquete mais “top” era mais facil, a bolinha ia mais rapida e com mais efeito.

Quando jogavam um contra outro, o com a raquete “TOP” ganhava, entao aquele com a raquete mais “simples”, avaliou que o jogo dele deveria estar num NÍVEL 6 e o do amigo com a raquete TOP, no NÍVEL 7, então pediu pro treinador q queria uma raquete TOP igual a do amigo, pq ele nao conseguia mais ganhar dele, entao o treinador aconselhou ele a manter a raquete q estava usando, e depois mais pra frente trocar e ele se segurou e segui o conselho.

Um ano depois ele percebeu q dificilmente o amigo com a raquete TOP dava jogo pra ele, q ele ganhava mesmo estando com a raquete mais simples, agora ele estava num NÍVEL 8 e o amigo se mantinha no NÍVEL 7, o amigo da raquete TOP pensou q tinha algo errado, entao falou pra trocarem as raquetes, pra ver como ia ficar o jogo, quando oq tinha a raquete simples e estava no NIVEL 8 pegou a TOP se saiu muito bem, até melhorou o jogo, enquanto aquele do NÍVEL 7, quando pegou a raquete mais simples, com aqueles movimentos q ele tinha, todos mais “curtos”, caiu mais o nível ainda e voltou pro NÍVEL 6.

Moral da história, as vezes é melhor subir degrau por degrau pela escada, do q pegar o elevador.

Sou Reiniciante !!!rsrsrs…e concordo com voce…bem colocadas suas palavras.
Primeiro voce tem que acertar o alvo…conseguindo isso o cara vai se empolgando.
Se comecar com um material muito rapido eh capaz ate de desistir, pois fatalmente vai errar muito.
O outro lado eh que as vezes a pessoa pode se adaptar ao material, mas ai sao casos raros !!!
Abraco Tripossante !!!