Bem, desde que comecei a jogar tênis de mesa tenho um “defeito” na execução do topspin. Na maioria das vezes em que vou realizá-lo durante as partidas acabo por usar um pouco de lateral direito no golpe.
O engraçado é que quando vou treinar o movimento individualmente, consigo fazer perfeitamente o que se deve(sem colocar efeito lateral).
Ao questionar um técnico sobre isso, ele me falou que isso era um déficit, porém, um outro técnico já diz que essa bola é muito boa e que dificulta a resposta do adversário.
Sobre a realização desse golpe, devo focar em treinos de postura para deixar esse “vício” ou continuo fazendo da forma que sou acostumado?
Ótima pergunta (a felicidade de falar de tênis de mesa de fato prevalece hahahahahahah).
Primeiramente, não se preocupe quanto à diferença de perspectiva dos seus técnicos. Isso é normal e não necessariamente é ruim para o seu desenvolvimento desde que vc tenha as rédeas do seu jogo. Inclusive, dependendo do contexto, um ou outro pode estar certo ou errado.
Na minha opinião, ambos têm metade da razão, e essas metades se complementam. O que quero dizer com isso é que as afirmações de ambos em si estão corretas, mas ambas são (para mim) uma meia verdade. Correto: não é uma bola fácil de devolver. Mas se for a única forma que vc consegue fazer, vai ter momentos em que vai perder pontos pq precisava ter o topspin, o que valida o ponto do primeiro, embora considerar um defeito não seja correto justamente pelo que acabei de comentar.
Conclusão: não tem problema (muito pelo contrário) vc usar uma bola diferente do comum, mas é um problema ou limitação se for a única forma que vc consiga fazer. Então, sim, eu estressaria o recurso “comum” (pq eles são incrivelmente importantes), mas não deixaria de ter o “diferente” como ferramenta a mais.
Thomaz,
Se você for caneteiro não é ruim, pois isto ajuda a segurar o jogo no forehand. Mas como disse o Alcir vai haver situações em que você vai precisar usar o efeito para levantar a bola, e pode fazer um pouco de falta. Também fica arriscado se você estiver no pivô e precisar dar uma paralela. Talvez valha a pena treinar um pouco prestando atenção exclusivamente no ponto de contato da raquete com a bola, por uns dias.