Caro Adriano,
Fico indignado com esta situação, sobretudo, aqui no ceará porque temos excelentes atletas que deveriam fazer este intercâmbio nas competições nacionais. A federação não divulga o esporte aqui no ceará, não faz parcerias, seus torneios internos não têm divulgação e, ainda, exerce o monopólio, ou seja, cobra as taxas e obriga os atletas a participarem dos seus campeonatos, para, assim, ter “direito” a participação nas competições nacionais. Por outro lado, não vejo ninguém contestar estes atos de autoritarismo, seja da federação ou da confederação. Vejo que muitos atletas se submetem a estas exigências e tudo acaba em “panelinhas” como existe aqui. Será que este é o caminho para avançarmos no esporte que sempre foi elitizado? Por que não podemos criar ligas internas e mais clubes independentes e tudo ser mais democrático? Recentemente estive na Argentina para uma palestra e percebi que em Buenos Aires têm muitas quadras de tênis de livre acesso. Os jovens são incentivados a praticar tanto o Tênis de quadra quanto o TM. Por isso eles sempre têm atletas de destaque nessas modalidades. Por que as crianças carentes e atletas do TM, aqui no Brasil, não recebem incentivos? E quem consegue chegar ao poder nunca sai… o nepotismo prevalece… Será que ninguém vai brigar, contestar, discutir, debater estes abusos na modalidade de TM, em prol de que seja mais acessível a todos? Sem debate, sem reflexão, sem promover alternativas, nada avança. Tudo ficará estagnado. Poucos continuarão ganhando e a maioria não terá oportunidades.
Abraço!
Silvio