Classineta brasileira (bpen) e empunhadura v-grip

Com um simples e extremamente rápido movimento do polegar, é possível passar da empunhadura classineta (chinese penhold ou cpen) para outra empunhadura muito parecida com a empunhadura clássica. Eu a batizei de cigarette grip ou empunhadura cigarro. Ela se chama v-grip.

Depois de 36 anos parado, fiz um único treinamento no dia 10 de agosto. Assim, nem comecei a explorar as possibilidades dessa nova empunhadura que, a meu ver, só faz sentido como um complemento da caneta chinesa. Só estou certo de uma coisa: ela permite um RPB (reverse penhold backhand) que me parece mais intuitivo (e eficiente) do que aquele usado atualmente. Também esse golpe merece ser batizado, e eu o chamei de BRB (brazilian reverse backhand).

Ao “conjunto da obra” - ou seja, a essa empunhadura caneta chinesa mesclada com a empunhadura “v” cigarro, eu dei o nome de “brazilian penhold” ou bpen. Em bom português, é a “classineta brasileira”.

Acredito que a classineta brasileira será muito valorizada por todos os jogadores de classineta que também sabem jogar no estilo clássico. Outros jogadores que, como eu, só sabem jogar no estilo caneta, poderão (por exemplo) usar essa nova empunhadura somente para executar o BRB, que é um dos meus golpes preferidos e que eu considero mortal.

Posso estar enganado, é claro; mas, como tudo me leva a crer que eu inventei o bpen, vou reivindicar sua autoria. Ele não surgiu “do nada”, e vale lembrar que minha relação com o RPB é bastante antiga. Seja como for, acho que escolhi bem os nomes e espero deixar os mesatenistas brasileiros - mesmo aqueles que jamais irão usar essa variação, ou seja, os mesatenistas de estilo clássico - orgulhosos.

O movimento do polegar está ilustrado neste primeiro vídeo, que gravei ontem:

[video]http://www.youtube.com/watch?v=PXpESQCbWR8[/video]

E hoje fiz este outro vídeo apresentando oficialmente o bpen:

[video]http://www.youtube.com/watch?v=UqU4G-eFa40[/video]

Abraços

NOTA: alterei o título do tópico e editei parte do conteúdo usando o recurso “strikethrough” em função do comentário do amigo “li2so4”. :wink:

esse tipo de empunhadura já foi “inventado”, e se eu não me engano, o nome é v-grip, mas de qualquer jeito, seu entusiasmo pro tênis de mesa é incrível. enfim, no forehand do bpen, usa o lado “debaixo” pra bater na bolinha. vai te dar muito mais efeito porque o ângulo formado favorece muito você raspar a bola, e meio que evita um contato sólido. enfim, boa sorte com suas “aventuras mesatenísticas” :slight_smile:

Então eu batizei o que já tinha nome. :silly:

Mas será que a passagem de uma empunhadura para a outra já havia sido inventada?

Pelo que eu posso ver, o “v-grip” nele mesmo é muito inferior ao estilo clássico. Mas se ele for usado como um complemento da caneta, é uma arma mortal, principalmente no backhand. Eu tenho tanta confiança nesse backhand que (para mim) é difícil acreditar que ele já tenha sido inventado e não tenha se tornado tremendamente popular. Mas é claro que eu posso estar “viajando”.

Obrigado pelas palavras de estímulo! :slight_smile:

Eu não consigo ver os videos aqui no trabalho, verei só no final de semana.

Mas pelo nome, o seu grip é como esse?

Se for, vale dar uma olhada nessa monstruosidade que um camarada criou (se não for, vale do mesmo jeito pela curiosidade rs):





E aqui outra raquete, um pouco mais bem trabalhada:




Pra mim, parece mais um pistol-grip.

Que é o que eu ainda pretendo testar quando tiver uma bufunfa sobrando (a imagem não é muito boa, mas dá pra ter uma idéia):



[quote=“caneta velha” post=97641]Então eu batizei o que já tinha nome. :silly:

Mas será que a passagem de uma empunhadura para a outra já havia sido inventada? [/quote]
Pode ser apenas impressão minha, mas a troca de empunhadura no meio do jogo, ou pior ainda, no meio de um ponto, é prejudicial na medida que tira a concentração. Com a velocidade do jogo atual é necessário manter o nível máximo de concentração e a troca de empunhadura, mesmo que feita rapidamente, via requerer uma fração de segundo de adaptação para mudança do movimento ao executar a batida e este tempo vai influenciar. Eu já fui classineta e as vezes mudava para clássico para bater de back, mas nunca era a mesma coisa que jogar clássico.

Olha, eu acho toda forma de inovação bem vinda. Na pior das hipóteses, ela será uma forma de amadurecer conceitos e poderá motivar novas tentativas. E acima de tudo isto, acho que a prioridade em tudo isto, para nós meros mortais, como já disse inúmeras vezes, é a diversão. Funciona para vc no sentido de se sentir bem fazendo? Siga em frente!!!
De qualquer forma, minha opinião é a mesma do Nakata. O jogo está bem mais veloz, demandando que o tempo entre a saída e a volta da posição fundamental seja cada vez menor. Assim, para estar preparado para cada golpe, o ideal seria desviar-se ao mínimo da mesma para não ter que usar de extrema velocidade de retorno, diminuindo a precisão do golpe.
E acima de tudo isto, eu acredito que, cada vez mais, a máxima do tênis de mesa eficiente é: sempre estar preparado para a próxima bola. Desta forma, qualquer desvio desta condição passa a ser um risco, cabendo a cada um saber quando assumí-lo ou não. Acredito que justamente esta é a grande arte do tênis de mesa e o motivo pelo qual ele exercita tanto corpo e mente.
Entretanto, a sua atitude é algo a ser celebrado. É justamente ela que faz as coisas progredirem. Portanto parabéns pela iniciativa de tentar procurar novos meios. Julgo que o pragmatismo seja uma das principais causas do tênis de mesa mundial não conseguir alcançar o chinês.

Abraços!!!

[quote=“felipe.sartor” post=97643]Mas pelo nome, o seu grip é como esse?

É melhor não chamar isso de “meu” grip… :whistle: Sim, é exatamente o mostrado na foto acima, mas ele é incorporado ao “bpen” como uma empunhadura alternativa - e temporária.

Nakata, para mudar de classineta para clássico você era forçado a usar a mão esquerda para ajudar a reposicionar a raquete? Ou a troca era feita usando somente a mão da raquete?

Existem duas maneiras de passar da caneta para o v-pen (usando uma só mão). Numa delas, o polegar passa por cima do cabo. Eu fazia isso quando era moleque, só que a minha caneta chinesa da época tinha um cabo muito mais curto do que as classinetas atuais. Na classineta, passar o polegar sobre o cabo não funciona. O “pulo do gato” é justamente passar o polegar por baixo do cabo. Isso eu nunca tinha feito, e foi essa a descoberta que fiz por estes dias e que me entusiasmou.

[quote=“Alcir” post=97645]Olha, eu acho toda forma de inovação bem vinda. Na pior das hipóteses, ela será uma forma de amadurecer conceitos e poderá motivar novas tentativas. E acima de tudo isto, acho que a prioridade em tudo isto, para nós meros mortais, como já disse inúmeras vezes, é a diversão. Funciona para vc no sentido de se sentir bem fazendo? Siga em frente!!!
De qualquer forma, minha opinião é a mesma do Nakata. O jogo está bem mais veloz, demandando que o tempo entre a saída e a volta da posição fundamental seja cada vez menor. Assim, para estar preparado para cada golpe, o ideal seria desviar-se ao mínimo da mesma para não ter que usar de extrema velocidade de retorno, diminuindo a precisão do golpe.
E acima de tudo isto, eu acredito que, cada vez mais, a máxima do tênis de mesa eficiente é: sempre estar preparado para a próxima bola. Desta forma, qualquer desvio desta condição passa a ser um risco, cabendo a cada um saber quando assumí-lo ou não. Acredito que justamente esta é a grande arte do tênis de mesa e o motivo pelo qual ele exercita tanto corpo e mente.
Entretanto, a sua atitude é algo a ser celebrado. É justamente ela que faz as coisas progredirem. Portanto parabéns pela iniciativa de tentar procurar novos meios. Julgo que o pragmatismo seja uma das principais causas do tênis de mesa mundial não conseguir alcançar o chinês.
Abraços!!![/quote]

Alcir, você e o Nakata estão mais do que corretos, mas permita-me esclarecer um ponto importante. A troca de empunhadora que eu uso e que estou divulgando aqui é feita enquanto o movimento do braço (por exemplo, na direção do backhand) é realizado. Assim, a troca nela mesma - realizada corretamente, com a passagem do polegar por baixo do cabo da raquete, e bem treinada, a ponto de ser tornar automática - não implica em nenhuma perda de tempo. E mesmo que o Nakata esteja correto, e que percamos “uma fração de segundo” nessa passagem, isso só quer dizer que ela pode não funcionar tão bem nas bolas mais rápidas. Mas em devoluções não tão rápidas, talvez seja uma ótima alternativa.

Obrigado e abraços a todos. :slight_smile: