bloquear bola com topspin monstruoso

Eu gostaria de fazer 2 coisas sobre este assunto:

  • primeiro, chegar/obter uma explicação formal da física deste fenômeno.

  • segundo, obter/ver uma prova empírica, por ex., através de um vídeo onde se pudesse observar claramente o aumento da rotação depois da quicada na mesa. Talvez com uma bola maior, como sugerido pelo colega.[/quote]

1 - Sobre a física do movimento é uma bela curiosidade. Sem ser muito simplista eu “acho” que após o impacto na raquete a bola inicia seu movimento “enfrentando”: a) o atrito com o ar, b) a força gravitacional, c) forças vetoriais (centrífuga e centrípeta); Durante o toque da bola na mesa existe o atrito com a superfície. Vou pesquisar mais, pois não estou certo de que a bola irá acelerar após tantos “obstáculos”. Mudar de direção, com tanto giro, depende de outras variáveis como p.ex. a própria regularida de massa que compõe o corpo da bola.

2 - Sobre usar uma bola maior para entender certos movimentos. Um amigo me presenteou bolas de Tênis de Mesa de 55mm. Trouxe da Europa. Então, eu pinto umas listas, tipo bola de basquete, e uso com o pessoal Pré-Mirim … para explicar os efeitos, as rotações etc e tal …

Uma vez, inclusive que o que se chama de rotaçao máxima, pode nem ser isto de fato. (Imagine vc levar a bola, raspando lentamente a raquete), a bola vai subir, vai parecer que tem grande efeito(giro) e nao tem quase nada. Como disse, nao sei em que condiçoes ele chegou a esta conclusao (nao temos o ensaio todo descrito para saber).

Falando em termos de física, nao é possível acelerar a bola (mais do que já estava após a saída da raquete) sem outra força influenciando na bola (entenda por força de aceleraçao da rotaçao).
Conforme vc citou, várias forças (agindo contra ), e sem contar que a bola nem esfera perfeita ela é…

Doc_SP

É acredito que ele se refere a 2X a altura da rede ser um padrão que ele utilizou, e acredito também que dizer q sua rotaçao é máxima nesse ponto, como o tenis de mesa sendo um esporte onde o espaço onde a area de jogo (mesa) é relativamente pequena e as bolas são bastante rápidas a perca de rotação pode ser considerada insignificante do ponto de saída da raquete até o momento posterior ao quique da bola ou no ponto 2x a altura da rede.

o que seria interessante era descobrir se realmente a bola depois do quique diminua devido a força contrária da mesa voltando a acelerar de rotaçao em seguida.

Com toda a certeza diminui.
Para fazer este “ensaio técnico”, usei inclusive diferentes “mesas” (pq a aspereza digamos assim, altera os ensaios), assim sendo, temos que em mesas mais ásperas, o que se percebe é que a bola “pula mais” do que nas mesas mais “lisas” (na verdade tem mais a ver com a “tinta” do que outra coisa).
Em teoria, as mesas lisas, fariam a bola conter ainda 100% do efeito dado pela raquete, certo ?
Fiz inclusive variaçoes do teste usando a bola de 38mm.
Abraços

Trata-se de um fenômeno de observação. (E provavelmente de tradução equivocada).

A bolinha não ganha mais rotação durante o vôo depois do quique. Não poderia, pois prá ganhar velocidade angular, teria que haver a ação de forças, mas não há. (OK, tirando o efeito de magnus, mas este pode ser desconsiderado aqui)

Mas porque o jogador observa um aumento de rotação ao longo da trajetória entre o quique na mesa e o ponto mais alto do vôo posterior da bolinha?

Acontece o seguinte:

Quando a bolinha em rotação de topspin quica na mesa, ela na verdade perde um pouco de rotação (por atrito com a superficie da mesa). Devido à rotação, a força de atrito é prá frente, e aumenta a velocidade de translação da bolinha. Se pensarmos em termos de conservação de energia, um pouco da energia de rotação se transforma em energia de translação.

Ao longo da trajetória entre o quique e o ponto mais alto do vôo, o ângulo da direção do movimento da bolinha em relação à horizontal varia, da maneira indicada na figura abaixo. Os vetores verdes são a velocidade de translação da bolinha (que é sempre tangente à trajetória). Os vetores vermelhos são a projecão da velocidade de translação na direção da tangencial no ponto da superfície da bolinha que entra em contato com a raquete.

Ora, a velocidade tangencial do ponto da bolinha que toca a raquete é a soma da componente de velocidade proveniente da translação (vetor vermelho na figura) com a componente proveniente da rotação (não representada da figura).

A componente proveniente da rotação é, para efeitos práticos, aproximadamente constante, mas a componente proveniente da translação é máxima no topo da trajetória.

Portanto, o jogador sente uma “maior” quantidade de rotação no topo da trajetória.
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O efeito tem ainda um fator amplificador (não representado da figura), que é o fato de se ter que fechar mais o ângulo da raquete para bloquear mais em cima. Neste caso, a componente tangencial da velocidade de translação aumenta ainda mais.

Galera aproveitando o tópico, tenho uma dificuldade enorme para dar topspin de backhand, sou classista. O que vocês me aconselham a fazer?